Staphylococcus aureus (S. aureus) é frequentemente associado a casos de mastite bovina, doença comum nos rebanhos leiteiros e que causa perdas econômicas para o produtor e para a indústria. Além disso, S. aureus é frequentemente associado a surtos de intoxicação de origem alimentar, pois algumas estirpes podem produzir enterotoxinas estafilocócicas (SEs). SEs são uma das principais causas de gastroenterite resultante do consumo de alimentos contaminados, incluindo leite e produtos lácteos. Embora S. aureus seja destruído pelo tratamento térmico da pasteurização do leite suas enterotoxinas não são, permanecendo ativas nos produtos processados. Uma das formas de controle desta bactéria em casos de mastite é a utilização de antibióticos, o que é uma preocupação para a saúde pública e um dos maiores desafios para a indústria de alimentos, pois resíduos de antibióticos podem estar presentes no leite e na carne. Uma possível alternativa para controle biológico deste patógeno é o uso de bacteriófagos líticos ou de suas endolisinas. Assim, esta proposta tem como objetivo avaliar o uso de endolisinas de bacteriófagos líticos para o controle de S. aureus na cadeia produtiva do leite. Primeiramente foi clonado o gene de endolisina de dois bacteriófagos que foram anteriormente isolados por nosso grupo na Embrapa Gado de Leite. Estes bacteriófagos foram os que apresentaram maior capacidade lítica dentre os seis bacteriófagos isolados e testados com 100 estirpes de S. aureus. As proteínas recombinantes estão sendo purificadas, e a seguir serão caracterizadas e avaliadas quanto ao seu potencial desinfetante da superfície de tetos visando controle de mastite estafilocócica bovina, higienização de mãos de manipuladores e desenvolvimento de S. aureus em queijo Minas, em comparação a uma mistura de bacteriófagos. Espera-se no final do trabalho dispor do conhecimento da eficácia de uma mistura de bacteriófagos e de uma proteína recombinante e poder recomendar o melhor como alternativa antimicrobiana a produtos químicos no controle de S. aureus na cadeia do leite com benefícios aos pecuaristas, indústria e consumidores.