Tecnologias inovadoras do Sistema Plantio Direto (SPD) e da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) para o desenvolvimento sustentável da agropecuária mato-grossense

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

As áreas de lavoura em Mato Grosso têm apresentado uma profunda transformação na biologia, na física e na química do solo devido à condução de sistemas de produção que podem levar à redução do teor de matéria orgânica como, por exemplo, o plantio convencional e a sucessão continuada de soja-milho, contribuindo para a degradação dos atributos do solo. Essas áreas, utilizadas como lavoura nos biomas Cerrado e Amazônia e na transição entre eles, têm apresentado problemas, causando perdas de produtividade e aumento do custo de produção das culturas graníferas, especialmente soja e milho, além da degradação dos recursos naturais, principalmente água e solo. Esta degradação está ligada a profundas alterações na qualidade física destes solos, provocando a perda da sua estrutura original. A compactação do solo, juntamente com a erosão laminar, tem se caracterizado como um dos problemas ambientais mais relevantes decorrentes da intensa mobilização do solo.Por sua vez, os problemas relacionados às baixas produtividades e lucratividades inerentes aos sistemas extensivos e extrativistas de produção pecuária vêm sendo paulatinamente agravados pelo manejo inadequado do sistema solo-planta-animal e pelo gerenciamento ineficiente do negócio, fatores que ainda explicam as extensas áreas de pastagens em vias de degradação ou já degradadas em diversas localidades do país, bem como em várias regiões de Mato Grosso. Em pastagens de baixa produtividade ou degradadas, os índices zootécnicos e econômicos são insuficientes para garantir a sustentabilidade da atividade de pecuária. Tal condição tem levado diversos pecuaristas a perpetuarem a estratégia de abertura de novas áreas de vegetação nativa, com a crença de que essa estratégia é solução viável, e por vezes única, para assegurar o fluxo de recursos financeiros na propriedade. Portanto, em pastagens degradadas, em adição aos problemas de ordem econômica, são verificados impactos ambientais e sociais indesejáveis, tendo em vista o comprometimento dos recursos e da qualidade do solo, da água e do ar e a inevitável redução de empregos, da qualidade de vida e do estímulo à permanência do homem no meio rural.Na visão da Embrapa e dos demais parceiros neste projeto, considerando-se a aptidão consagrada da região médio-norte mato-grossense para a produção de grãos nas áreas “nobres” e pecuária nas áreas de menor aptidão agrícola (denominada “marginais” pelos produtores rurais), o verdadeiro Sistema Plantio Direto (SPD), atendendo todas suas premissas, e a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) são as melhores opções estratégicas de uso intensivo e sustentável do solo, verticalizando a produção agropecuária na propriedade rural, proporcionado renda suficiente para o proprietário e seus sucessores e, ainda, respeitando o meio ambiente.O projeto proposto é de natureza híbrida, envolvendo trabalhos de PD&I, TT e Comunicação, focado em tecnologias inovadoras de consórcios para a 2ª safra e solubilização microbiológica de fósforo do solo voltado para os Sistemas Plantio Direto (SPD) e Integração Lavoura-Pecuária (ILP). A maior parte de PD&I e boa parte da TT serão desenvolvidos na Fazenda Santana, um dos parceiros do projeto juntamente com a UFMT e o Clube Amigos da Terra (CAT – Sorriso). A Fazenda Santana, propriedade da senhora Dudy Paiva (atualmente presidenta do CAT), está localizada no município de Sorriso (MT) e, desde 2015, atende ao padrão “Responsable Soy” (certificação RTRS), sendo referência em produção sustentável de soja e milho com respeito ao meio ambiente.

Situação: concluído Data de Início: Tue Dec 01 00:00:00 GMT-03:00 2020 Data de Finalização: Tue Apr 30 00:00:00 GMT-03:00 2024

Unidade Lider: Embrapa Agrossilvipastoril

Líder de projeto: Dulândula Silva Miguel Wruck

Contato: dulandula.wruck@embrapa.br