Nos últimos anos, estudos envolvendo ganho de peso de tambaqui em tanques escavados demonstraram que a fêmea tem rendimento superior ao macho entre 16% e 50%. A Embrapa elaborou um protocolo de feminização do tambaqui, que vem atualmente sendo testado em larga escala. No entanto, seu uso na piscicultura em tanques-rede ainda não foi avaliado.
A Associação Bompeixe reúne piscicultores familiares e fica no Parque Aquícola Sucupira, em Palmas-TO, um dos parques do reservatório da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães (UHE Lajeado). Eles produzem peixes em tanques-rede há alguns anos e o tambaqui é uma das espécies mais demandadas pelos consumidores e mais vendidas em feiras.
Entretanto, o custo de produção ainda é muito alto, fazendo com que não haja viabilidade econômica quando a produção é em escala nesse sistema de cultivo. Atualmente, pelo elevado custo, a comercialização da espécie pela associação atinge apenas nichos de mercado específicos, com vendas parceladas e diretamente ao consumidor final.
Nesse contexto, o projeto foi elaborado juntamente com representantes da Associação Bompeixe e está sendo desenvolvido tanto nas instalações da Embrapa Pesca e Aquicultura (geração dos lotes de peixes a serem testados, mistos e monossexo) como no Parque Aquícola Sucupira.
O objetivo é desenvolver um protocolo pioneiro de engorda de populações monossexo de tambaquis em tanques-rede que gere lucros aos piscicultores. O que se busca são tecnologias e manejos que proporcionem aumento da produtividade desta cadeia. Avaliações de desempenho zootécnico são realizadas durante a engorda, bem como a avaliação econômica do cultivo de monossexo em comparação com o misto.