Melhoramento genético de trigo para o Brasil

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Foto: MAGNANTE, Luiz Henrique

O trigo é a única commodity agrícola em que o Brasil não é autossuficiente. Anualmente, são consumidos ao redor de 12 milhões de toneladas do cereal frente a uma produção de, aproximadamente, 10 milhões. Para que a área com trigo seja ampliada de forma a atender esse déficit, é fundamental o desenvolvimento de cultivares mais produtivas, resistentes ao conjunto de estresses bióticos e abióticos, além de atender alguns requisitos agronômicos básicos, como baixa estatura de planta e resistência ao acamamento. A proposta tem como objetivo desenvolver novas cultivares de trigo com elevado potencial de rendimento de grãos, com resistência à giberela, à brusone, à germinação na espiga em pré-colheita e ao complexo seca/calor, com aptidão de qualidade à demanda do mercado e adaptadas às diferentes regiões tritícolas do Brasil. As atividades previstas no projeto contemplam a geração de variabilidade genética, a seleção e condução de populações segregantes, a experimentação, a caracterização para estresses bióticos e abióticos indispensáveis para registro e proteção no MAPA e a produção de semente genética, além do uso de marcadores moleculares em seleção assistida e técnicas de resgate de embrião e/ou produção de duplo-haplóides, ambas para celeridade e eficiência na seleção. São esperados impactos imediatos nos sistemas de produção, através da adoção dos ativos gerados. Cultivares resistentes à giberela e germinação pré-colheita na região Sul-Brasileira e Centro-Sul-Brasileira contribuirão para o incremento no rendimento médio de grãos das lavouras e na preservação da qualidade tecnológica intrínseca das variedades. Como consequência, a produção de trigo nessas áreas será mais estável e de maior liquidez, melhorando a rentabilidade do produtor e a ocupação de áreas ociosas de inverno. Cultivares resistentes à brusone e tolerantes ao calor/seca serão vetores do avanço do cultivo do trigo no Cerrado brasileiro em regime de sequeiro, reduzindo o custo logístico dos moinhos e do consumidor final. Cultivares de trigos “especiais” atenderão o mercado de ração animal, de etanol amiláceo, de massas frescas e de produtos mais saudáveis, alinhados às novas tendências de consumo. Também, serão alternativas aos diferentes sistemas de produção, com encaixes otimizados de “terceira safra” entre os cultivos tradicionais de verão e inverno. Por fim, cultivares de trigo adaptadas aos estados do Norte e Nordeste do Brasil, darão nova alternativa de produção para essas regiões, contribuindo para busca da autossuficiência do cereal.

Situação: em execução Data de Início: Wed Mar 01 00:00:00 GMT-03:00 2023 Data de Finalização: Sun Feb 28 00:00:00 GMT-03:00 2027

Unidade Lider: Embrapa Trigo

Líder de projeto: Eduardo Caierão

Contato: eduardo.caierao@embrapa.br

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