Viabilidade técnico-econômica, qualidade nutricional e sensorial de produtos à base do pescado oriundo de peixes híbridos de cachara e pintado

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Foto: MAY, Tomas

O pescado é uma fonte alimentar de alto valor proteico, entretanto, os seus produtos industrializados ainda têm uma presença limitada no mercado, principalmente em relação aos peixes de água doce e provenientes de biomas específicos, como os do Pantanal. Devido à escassez de uma cadeia de frio eficiente na região do Pantanal, caracterizada por elevadas temperaturas nas duas estações climáticas, a produção de conservas é uma alternativa para diminuir as perdas de qualidade de peixes. O cachapinta, peixe oriundo do cruzamento do cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) e pintado (Pseudoplatystoma corruscan), é uma espécie muito apreciada pelos consumidores e com um grande potencial comercial, pois apresenta carne com textura macia, coloração branca e ausência de espinhos em Y, e se constitui em um dos principais produtos da pesca do Pantanal. É geralmente comercializado como filé congelado. Entretanto, o processo de filetagem gera uma quantidade significativa de resíduos, comercializada como polpa de pescado ou carne mecanicamente separada (CMS), cujo valor comercial é substancialmente menor que o filé. Esta polpa pode ser utilizada na elaboração de produtos com valor agregado, como é o caso do patê. Este trabalho foi financiado pela Embrapa e buscou oferecer uma alternativa para a indústria pesqueira propondo-se a estudar a industrialização de um peixe nativo do Brasil (o cachapinta) na forma de conserva em latas (filé e patê) que agrega valor ao produto, supre parte da deficiência da cadeia de frio, promove o aumento da sua vida útil, permitindo o seu fornecimento durante todo ano e facilita sua comercialização, manuseio e transporte. Os beneficiários desta tecnologia são os criadores de cachapinta, empresas processadoras de pescado e consumidores. No caso do pescado, o aspecto da qualidade das conservas está estreitamente relacionado ao efeito que o tratamento térmico pode provocar nas suas propriedades físico-químicas e sensoriais. Como o processamento térmico é específico para cada tipo de conserva e embalagem utilizada, este trabalho definiu o tratamento térmico adequado para o filé de cachapinta e o patê, em latas de alumínio de 170 gramas de peso líquido. Foram produzidos dois tipos de conserva do filé de cachapinta de acordo com o líquido de cobertura, sendo o primeiro, em salmoura, e o segundo, em óleo de girassol. As conservas de filé e patê foram avaliadas quanto a sua qualidade microbiológica, nutricional e sensorial e acompanhada a sua vida útil, por 180 dias de armazenamento a 25ºC, atestando a sua esterilidade comercial. Foi realizada também uma estimativa do custo de produção de cada uma destas conservas.

Ecossistema: Pantanal

Situação: concluído Data de Início: Thu Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2010 Data de Finalização: Sun Sep 30 00:00:00 GMT-03:00 2012

Unidade Lider: Embrapa Agroindústria de Alimentos

Líder de projeto: Renata Torrezan

Contato: renata.torrezan@embrapa.br

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