A mandioca ( Manihot esculenta) representa um dos principais produtos alimentícios para a região Norte. Os povos indígenas deixaram como herança para a população do Norte inúmeras alternativas para o processamento da raiz de mandioca, e que pode gerar até 300 produtos, segundo relatos. Além de ter grande importância sócio-econômica para a região, estima-se que a mandioca tenha seu centro de origem e diversificação na Amazônia. Assim, o conhecimento da variabilidade existente em materiais coletados na região é de extrema importância não apenas para o Norte, mas para outras partes do mundo, já que essa espécie é cultivada nas Américas, Ásia e África. O objetivo principal desse projeto é criar uma rede de pesquisa entre pesquisadores da região Norte, contando com a colaboração de instituições de outras regiões, visando gerar informações sobre a biodiversidade amazônica da mandioca, além de gerar bioprodutos e bioprocessos oriundos da mandioca. Para isso, serão realizadas as seguintes atividades: caracterização físico-química e molecular de acessos mantidos em BAGs e coleções de unidades de Embrapa na região Norte; levantamento fitossanitário da cultura da mandioca na região; estabelecer processos in vitro para a manutenção e intercâmbio de materiais de mandioca; geração de processos de obtenção de tucupi, farinha, mandioca minimamente processada, bebida alcóolica, álcool combustível e recomendação de variedades. O projeto também visa contribuir para a formação de recursos humanos na região, com o apoio a instituições de ensino e cursos de pós-graduação, além da formação de pós-doutores. /n