O uso potencial de subprodutos de biodiesel como suplementos e mitigadores de metano em dietas de bovinos à base de forrageiras tropicais

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A crescente indústria de biocombustíveis gera subprodutos que mostraram serem promissores como alimentos energéticos e proteicos nas dietas de ruminantes. O objetivo deste projeto foi determinar os efeitos dos subprodutos da produção de biodiesel, obtidos a partir de diferentes fontes de oleaginosas, sobre a degradabilidade in vitro dos nutrientes, fermentação ruminal in vitro e a produção de gás metano. O capim braquiária brizanta ( Brachiaria brizantha) foi utilizado como modelo; sua incubação isolada foi considerada como controle e os tratamentos foram constituídos pela sua combinação com doze subprodutos de biodiesel, a saber: 1) torta de algodão ( Gossypium hirsutum); 2) torta de girassol ( Helianthus annuus); 3) torta de mamona ( Ricinus communis); 4) torta de moringa ( Moringa oleífera); 5) torta de pinhão-manso ( Jatropha curcas); 6) torta de soja (Glycine max); 7) torta de canola ( Brassica napus); 8) torta de girassol preto ( Helianthus annuus); 9) torta de nabo forrageiro ( Raphanus sativus); 10) glicerina na proporção 7:3 (70% capim braquiária brizanta e 30% de glicerina); 11) glicerina na proporção 5:5; e 12) glicerina na proporção 3:7. Amostras de cada tratamento foram incubadas in vitro, em banho-maria, por 48 horas e removidas após 6, 12, 24 e 48 horas, para determinação da produção acumulativa de gás metano (mL/g de matéria seca incubada). A produção de metano (mL/g) e o desaparecimento da matéria seca foram medidos às 6 e 12 horas pós-incubação. As concentrações de proteína bruta variaram de 121 a 577 g/Kg e as concentrações de Fibra em Detergente Neutro variaram de 202 a 652 g/Kg. Após 48 h, o pH e a degradabilidade da matéria seca in vitro foram afetados pelos diferentes níveis e suplementações. O tratamento com torta de mamona teve o menor Índice de degradabilidade da matéria seca, mas resultou em uma fração solúvel comparável àquela do controle. Os tratamentos com as tortas de moringa e de girassol exibiram rápidas taxas de degradação, tanto da proteína bruta quanto da matéria seca. Além disso, as tortas de moringa e girassol apresentaram a maior degradabilidade da proteína bruta em comparação com outras fontes alimentares. Os resultados sugerem que o subproduto da extração do óleo de sementes de moringa pode ser incluído em dietas de ruminantes para reduzir a produção de metano sem afetar a degradabilidade dos nutrientes. Os dados gerados poderão ser utilizados futuramente na calibração de um modelo matemático para a avaliação de desempenho animal sob diferentes dietas.

Situação: concluído Data de Início: Wed Aug 01 00:00:00 GMT-03:00 2007 Data de Finalização: Tue Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2010

Unidade Lider: Embrapa Gado de Leite

Líder de projeto: Heloisa Carneiro

Contato: heloisa.carneiro@embrapa.br