Capacidade predatória e aspectos bioecológicos de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) e de suas presas Sipha flava e Ropalosiphum padi (Hemiptera: Aphididae) em forrageiras

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Foto: Brigato, Márcio

Os afídeos-praga Sipha flava e Rhopalosiphum padi têm ocasionado injúrias significativas em capim-elefante e braquiária, respectivamente. Desta forma, o projeto objetivou avaliar a bioecologia desses insetos-praga e do predador Chrysoperla externa. Estudaram-se os aspectos biológicos das pragas a 12, 16, 20, 24, 28 e 32ºC. As temperaturas de 20ºC e 24ºC foram mais favoráveis para o desenvolvimento dos insetos; sendo essa faixa de temperatura oportuna para que o inseto atinja o status de praga em capim-elefante e braquiária, implicando em necessidade de implementação de medidas de controle. Avaliou a tabela de esperança de vida e fertilidade dos afídeos-praga em capim-elefante e braquiária nas mesmas temperaturas anteriormente mencionadas. A maior esperança de vida foi verificada a 12ºC, a maior fertilidade específica e fecundidade total média a 24ºC. As maiores taxas de mortalidade foram registradas em temperaturas elevadas (28 e 32ºC), evidenciando que regiões de alta temperatura são menos adequadas para esses insetos atingirem o nível de dano econômico. O impacto da temperatura na interação do predador ( C. externa) e das suas presas foi avaliado. Verificou-se decréscimo na duração larval e pupal mediante o aumento da temperatura, sendo que a 12 e 32ºC não proporcionaram condições adequadas para o predador. Verificou-se, também, um incremento cerca de 48 vezes no total de pulgões consumidos do primeiro para o terceiro instar, sendo a relação predador presa de 10, 37 e 479 afídeos consumidos no primeiro, segundo e terceiro instares, respectivamente. Esses valores são indicativos para liberação desse predador em casa-de-vegetação para o controle da praga. Avaliou-se o efeito de genótipos de capim-elefante sobre a biologia da praga. Os acessos Cameroon de Piracicaba e Guaçu IZ2 mostraram-se mais adequados ao desenvolvimento do pulgão; já o Sem Pêlo proporcionou maiores efeitos negativos. A avaliação do alimento fornecido ao predador também foi realizada. Verificou a viabilidade do uso exclusivo de pólen de capim-elefante como dieta para larvas do predador, C. externa. Esse resultado é inédito na literatura. Na fase adulta do predador o fornecimento dos pólens de capim elefante e braquiária proporcionaram efeitos positivos sobre a biologia do predador, mediante adição de mel. Por último, realizou-se um levantamento de crisopídeos em ambiente silvipastoril, evidenciando que o pico populacional de adultos, foi coincidente com os menores registros para temperatura e precipitação. Além disso, registrou-se que as larvas de crisopídeos foram encontradas associadas a inflorescências de Brachiaria decumbens, o que permite inferir sobre a utilização de pólen como fonte proteica, constituindo-se em uma estratégia que garante a permanência desses predadores nos cultivos, em períodos de escassez de presas. Desta forma enfatiza-se que a temperatura, a planta hospedeira das pragas e a dieta para o predador influenciam os parâmetros biológicos do predador e dos afídeos-praga das forrageiras. Foi possível observar, também, respostas na densidade populacional do inimigo natural como reflexo das condições climáticas e fenologia da planta a campo. Acredita-se que as informações geradas com essa pesquisa auxiliarão na redução da população dos afídeos-praga das forrageiras a níveis aceitáveis, com a utilização do predador C. externa.

Situação: concluído Data de Início: Wed Aug 01 00:00:00 GMT-03:00 2007 Data de Finalização: Fri Jul 31 00:00:00 GMT-03:00 2009

Unidade Lider: Embrapa Gado de Leite

Líder de projeto: Alexander Machado Auad

Contato: alexander.auad@embrapa.br

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