Autoria: TSCHOPE, G. L.; NASCIMENTO, H. L. B. do; PEREIRA, D. H.; PEDREIRA, B. C. e; SEDANO, A. D.; SILVA, N. M. F. da; CHIZZOTTI, F. H. M.

Resumo: Os sistemas integrados de produção surgem como alternativa para suprir a crescente demanda por alimentos, fibra e biocombustíveis, frente às pressões ambientais contra a abertura de novas áreas. Os diferentes arranjos desses sistemas criam condições rnicroclimáticas capazes de promover modificações morfofisiológicas em forrageiras, como alterações na orientação, área, espessura e massa de folhas. Objetivou-se quantificar os efeitos de ambiente de cinco arranjos de sistemas integrados de produção sobre características morfofisiológicas do capim Marandu. O estudo foi conduzido na Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop - MT,emseis sistemas de produção pecuária, com pastagens de capim Marandu: pecuária tradicional (P), integração lavoura-pecuária (iLP), integração pecuária-floresta (iPF), integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), e dois sistemas com a pastagem estabelecida anualmente após a lavoura, iLP-safrinha (pastagem após a colheita da soja) e iLPF-safrinha (cultivo de soja, seguido por milho + pastagem, entre os renques de eucalipto).Nos sistemas iLP e iLPF, a pastagem foi implantada na área após dois anos de cultivo com lavoura. Nos sistemas iPF e iLPF-safrinha as árvores são dispostas em linhas triplas espaçadas a 30 metros entre renques e no sistema iLPF em linhas simples espaçadas a 37 metros. Em agosto de 2016 (entre-safra) foram coletas amostras de forragem em pontos representativos da altura média do pasto, a forragem foi colhida rente ao solo em uma área de 0,64 m2 delimitada por uma moldura metálica circular. Foram coletadas 8 amostras por piquete nos sistemas com eucalipto, 4 no lado norte e 4 no lado sul dos renques centrais de árvores, e nos sistemas a pleno sol, foram coletadas 4 amostras aleatoriamente. Sub amostras foram levadas ao laboratório para separação do material em lâmina foliar, pseudocolmo + bainha e forragem morta. Após a separação dos componentes morfológicos, as lâminas foliares foram pesadas e passadas no integrador de área foliar LI-3100, para quantificar a área foliar da amostra, e em seguida secas em estufa para obtenção a área foliar específica (AFE, cm2 g·1 de folha), o índice de área foliar (IAF) foi obtido pela relação entre a área foliar amostra e área de solo (m2 m·2 ). Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas ao nível de significância de 5% utilizando o software SAS. Houve efeito de sistema (P<0,05) para IAF e AFE. O sistema iLP-safrinha apresentou o maior IAF, seguido pelo sistema iLP, com os menores valores registrados nos sistemas P, iPF e iLPF-safrinha. Esse padrão de resposta pode ser atribuído a menor massa de folhas (MF) nos sistemas P, iPF iLPF safrinha, e maior MF no iLP-safrinha. Para AFE observou-se um efeito mais acentuado de ambiente no sistema iLPF-safrinha que apresentou maior AFE, provavelmente devido a competição por luminosidade causada pelo milho e eucalipto. O efeito de sombreamento foi menos intenso para nos sistemas iPF e iLPF. Em condições de maior sombreamento o capim Marandu aumentou sua AFE e reduziu o IAF.

Ano de publicação: 2016

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Agrossilvipastoril

Palavras-chave: Area foliar, IAF, Morfofisiologia, Pecuária integrada