Autoria: HEINEMANN, A. B.; STONE, L. F.; DIDONET, A. D.; SOUZA, T. L. P. O. de; SILVA, S. C. da; MORAES, A. da C.

Resumo: A produção de feijão-comum em Goiás concentra-se na mesma área geográfica, mas se estende por três safras: águas, seca e outono-inverno. Nas duas primeiras, o feijoeiro é cultivado sob condições de sequeiro, enquanto que na safra de outono-inverno é irrigado. No cultivo de sequeiro, o deficit hídrico pode assumir papel importante na redução da produtividade. Este estudo objetivou realizar a caracterização ambiental e determinar padrões de deficit hídrico no Estado de Goiás, para as safras das águas e da seca, e quantificar o impacto desse deficit, utilizando um modelo de simulação de culturas. As simulações, baseadas em duas cultivares (Pérola e BRS Radiante), sugerem que as safras das águas e da seca podem ser divididas em ambientes altamente favorável e favorável. Para essas safras, o ambiente altamente favorável representou 44% e 58% da área de produção do Estado de Goiás, respectivamente. Em menos de 25% da região de produção, o deficit hídrico foi fator restritivo à produtividade. A frequência relativamente baixa desse estresse sugere que o desenvolvimento de germoplasma adaptado pode não ser justificado. Contudo, é importante que as cultivares lançadas tenham, além de produtividades elevadas, plasticidade suficiente para tolerar condições de deficit hídrico que ocorrem em áreas ou anos particulares.

Ano de publicação: 2017

Tipo de publicação: Folhetos

Unidade: Embrapa Arroz e Feijão

Palavras-chave: Classificação ambiental, Deficiência hídrica, Feijão, Goiás-GO, Modelo de simulação, Phaseolus vulgaris, Época de semeadura