Elaboração de filmes biopoliméricos bicamadas produzidos por casting contínuo

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Autoria: FIGUEIREDO, L.; FRANCO, G. T.; OTONI, C. G.; MATTOSO, L. H. C.

Resumo: A ampla utilização de plásticos de origem petroquímica como embalagens de alimentos é devido à sua versatilidade, baixo custo de produção e propriedades mecânicas e de barreiras. No entanto, a aplicação desses materiais implica em algumas limitações, tais como baixa biodegradabilidade, descarte incorreto e uso de fontes não-renováveis. Uma alternativa ao uso de tais polímeros convencionais é o emprego de biopolímeros como matéria-prima para a substituição, total ou parcial, dos mesmos. Desta forma, o trabalho tem como objetivo a elaboração de filmes bicamadas à base de gelatina e carboximetilcelulose (CMC). A camada de gelatina foi empregada devido às suas boas propriedades de barreira contra umidade e por permitirem alterações de suas cargas superficiais a partir da variação do pH; já a camada de CMC forma uma matriz filmogênica contínua com propriedades mecânicas consideráveis que permitem a formação de filmes autossuportáveis. O material estudado permitiu a combinação da proteína, a gelatina, e do polissacarídeo, a CMC, na forma de filmes auto-suportáveis produzidos pela técnica de casting contínuo com duas etapas de laminação. O caráter hidrofílico/hidrofóbico foi avaliado por medidas do ângulo de contato, no qual a face do filme referente à camada de gelatina, com ângulo próximo a 80°, apresentou-se consideravelmente menos hidrofílica em relação à face da CMC, cujo ângulo obtido foi de 30°. Quanto à permeabilidade ao vapor de água, os filmes bicamadas apresentaram uma redução próxima a 50% em relação aos filmes contendo apenas gelatina. No tocante às propriedades mecânicas, o sistema contendo duas camadas não apresentou variação significativa da resistência à tração em relação à CMC, indicando que a gelatina não prejudicou o desempenho mecânico da camada suporte. As caracterizações foram feitas para camada de gelatina em três pHs diferentes, abaixo do ponto isoelétrico (pH 3), no ponto isoelétrico (pH 4,5) e acima do ponto isoelétrico (pH 8). Observou-se que não houve alteração das propriedades em relação à variação do pH; assim, sugere-se que as interações eletrostáticas não são as responsáveis pela adesão interfacial entre a gelatina e a CMC, de forma a influenciar nas características do sistema.

Ano de publicação: 2022

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

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