Autoria: PEDROSA, M. J.; FERREIRA, L. M. M.; PAES, B. G.; NAKAI, D. K.; ALMEIDA, J. R. M. de

Resumo: A biomassa lignocelulósica se apresenta como uma matéria?prima promissora para produção de compostos químicos de base renovável. Porém a plena utilização dos açúcares presentes em hidrolisados lignocelulósicos exige microrganismos capazes de tolerar os compostos inibidores presentes neles. Dentre os compostos inibidores, destaca?se o ácido acético, o qual pode inibir completamente o metabolismo microbiano. Visando à produção de ácido xilônico (AX) a partir de hidrolisados lignocelulósicos, foi construída uma linhagem de Komagataella phaffii expressando a enzima xilose desidrogenase (XDH) ? Kp?XDH. Para aumentar a tolerância dessa linhagem a ácido acético e, possivelmente, ao AX, foi superexpresso na levedura o fator de transcrição HAA1 ? Kp?XDH?HAA1. Uma terceira linhagem expressa somente o HAA1 ? Kp?HAA1 e não é capaz de produzir AX porque não possui a enzima XDH. Este trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos da superexpressão de Haa1 na produção de AX. Para tanto, o desempenho das três linhagens de K. phaffii contendo XDH, Haa1, XDH?Haa1 foi comparado em diferentes condições de cultivo com a adição de ácido acético e em reciclo de suas células. Os resultados demonstram que o fator de transcrição promove aumento da tolerância da levedura ao ácido acético, sendo que a sua melhor produção de ácido xilônico é em concentrações de 2 g/L de ácido acético. Além disso, o reciclo das células pode ser uma importante chave para o aumento da produção de ácido xilônico, já que as linhagens de levedura se adaptam ao meio de cultivo.

Ano de publicação: 2023

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Agroenergia

Palavras-chave: Biomassa lignocelulósica, Komagataella phaffii, Xilose, Ácido acético, Ácido xilônico