Autoria: CICILIANO, L. G.; SANTOS, L. K. dos; LAVIOLA, B. G.; FAVARO, S. P.

Resumo: As oleaginosas da família Brassicaceae, como canola (Brassica napus), carinata (Brassica carinata) e crambe (Crambe abyssinica), apresentam alto teor de óleo e composições de ácidos graxos que têm atraído o interesse de diferentes segmentos industriais. O cultivo dessas espécies no Cerrado, em safrinha, é uma alternativa para a rotação de culturas e diversificação da matriz produtiva do Brasil na oferta de óleos vegetais. Este trabalho teve como objetivo quantificar e caracterizar os óleos dessas três espécies a partir de grãos produzidos na região de Cerrado, em safrinha. Os materiais de canola Nuola 300, de carinata e de crambe variedade FMS 1 Brilhante foram produzidos em Planaltina, DF, de março a junho, na safra de 2022, e seus teores de óleo foram determinados pelo método de Ankom. Os óleos foram caracterizados quanto ao perfil de ácidos graxos, acidez e estabilidade oxidativa. A canola apresentou 37,4% de óleo, sendo composto majoritariamente de ácido oleico (62,1%); a carinata teve 35,4% de óleo e 42,1% de ácido erúcico; e o crambe apresentou 35,13% de óleo e 56,3% de ácido erúcico. A maior estabilidade oxidativa foi observada no óleo de crambe, que teve 25,5 horas, seguido da carinata, 9,6 horas, e da canola, 8,7 horas. Todos os óleos apresentaram baixa acidez: óleo de canola, 0,6%; óleo de crambe, 0,42%; óleo de carinata, 0,21%.

Ano de publicação: 2023

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Agroenergia

Palavras-chave: Brassicas, Cerrado, Teor de óleo, Óleo Vegetal