Manejo de áreas individuais de algaroba: relatório final.

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Autoria: LIMA, P. C. F.

Resumo: O presente relatório descreve as atividades desenvolvidas no projeto ?Manejo de Áreas Individuais de Algarobeira?, que teve por objetivo coletar subsídios para laboração de um plano de manejo para as áreas invadidas com a algarobeira (Prosopis juliflora (SW) DC) no Nordeste, visando a redução do seu avanço na região, através do uso racional de seus produtos, como forragem para os animais, lenha, carvão e alimentação humana. Atingindo estes objetivos, por certo, se alcançará a conservação do bioma caatinga. Dezoito áreas de invasão, com mais de 10 ha ocupados pela espécie foram georeferenciadas e levantados para análise da estrutura de vegetação. Os dados de altitude, latitude e longitude, foram digitalizados e organizados em mapas. Foi quantificado o número de espécies arbóreas/arbustivas, e analisada a estrutura vertical e horizontal do povoamento, estando os mesmos localizados nos municípios de Manoel Vitorino, Juazeiro e Jaguarari, na Bahia; em Afrânio, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Parnamirim, Iguaraci e Inajá, em Pernambuco; São João do Piauí, no Piauí; e Monteiro e Taperoá, na Paraíba. Por local, foram lançadas aleatoriamente, cerca de 25 a 30 parcelas de 8m x 50m (400 m), levantando-se todas as plantas com Diâmetro a Altura do Peito (DAP) igual ou acima de 3cm, sendo as herbáceas apenas citadas como presentes. Foram levantadas 186 espécies e 56 famílias entre arbóreas, arbustivas , herbáceas e trepadeira s, sendo identificadas 108 espécies, 68 gêneros e 32 famílias botânicas para as arbóreas/arbustivas com DAP superior a 3cm. Dentre as nativas, a catingueira verdadeira (Caesalpinea pyramidalis Tul.) e o juazeiro ( Ziziphus joazeiro Mart.), foram as que apresentaram maior freqüência. A algarobeira foi a espécie mais abundante nas localidades inventariadas, sendo maior nos locais situados no estado de Pernambuco. As nativas foram as menos abundantes, confirmando que no processo de regeneração da algarobeira, há redução da biodiversidade vegetal. Quanto a produtividade de vagens da algarobeira, os valores encontrados confirmam os citados na literatura, estando os mesmos variando de 2 a 8 t/ha/ano. Para o carvão , foi observado que 1,07 5 st de lenha (436,5kg de lenha), rendem cerca de 163 kg de carvão. Quanto a qualidade, não foram encontrados diferenças entre o carvão produzido em fornos de alvenaria e trincheira feitos por agricultores, e o carvão produzido em laboratório, feito pela ESALQ. Quanto a organização da produção e comércio da algaroba foram aplicados questionários junto a fazendeiros, lideres rurais e industrias na região, sendo que a análise ficou enfocada à região do Submédio São Francisco. Com os dados levantados elaborou-se um Plano de Manejo a fim de evitar o avanço da algarobeira no bioma. Além dos trabalhos de invasão, foram desenvolvidos com os bolsistas, pesquisa sobre fatores que influenciam a germinação das sementes, como a temperatura, substrato, salinidade e tempo de armazenamento. Foram estudadas algumas espécies nativas e exóticas comuns na região, como: Moringa (Moringa oleifera Lam), São João (Senna xiv macranthera (Collad.) H. S. Irwin & Barneby), Coroa de Frade (Melocactus bahiensis Br. et. R. Werdem), Algaroba (Prosopis juliflora (SW) DC), Canafístula (Senna spectabilis (DC) Irwin & Barneby), Xiquexique (Pilosocereus gounelli (Weber) Byl. et. Rowl), Mororó (Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud), Mulungu (Erythrina vellutina Wild), Pau Ferro (Caesalpinea ferreaMart. ex. Tul), Mandacaru (Cereus jamacaru D. C.), Catingueira Rasteira (Caesalpinea microphylla Mart.), Muquém (Peppigia procera C. Presl.), Umbu (Spondias tuberosa Arruda), Neem (Azadirachta indica A. Juss.), Eucalipto (Eucalyptus camaldulensis Dehnh) e Pinha (Annona squamosa L.). Há necessidade de maior conhecimento dos processos fisiológicos das espécies nativas da região, pois são escassos as informações existentes. Os resultados encontrados para as espécies estudadas evidenciam a necessidade de estudos referentes a variação de temperatura na germinação das sementes, bem como de insetos associados a sementes que prejudicam a viabilidade das mesmas.

Ano de publicação: 2005

Tipo de publicação: Relatórios técnicos

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