Autoria: OLIVEIRA, L. J.; HOFFMANN-CAMPO, C. B.

Resumo: Até o final dos 70, o controle das pragas de solo preventivo, geralmente com inseticidas clorados de alto poder residual, cuja proibição dificultou o controle dessas pragas. Outros fatores levaram a modificações na composição, na abundância e na importância da entomofauna edáfica em diversas culturas. Nos últimos 20 anos, insetos já comuns nas lavouras passaram a atingir nível de dano econômico com mais frequência e em áreas cada vez maiores e/ou adaptaram a novos hospedeiros. A expansão das lavouras para novas áreas, substituindo vegetação nativa e/ou pastagens e as mudanças nos sistemas de cultivos foram fatores preponderantes. Essas alterações na entomofauna exigiram mais atenção de pesquisadores e extensionistas em relação a pragas subterrâneas. Apesar do avanço nos estudos bioecológicos, a maioria dos trabalhos ainda aborda o controle químico. Nota-se uma preocupação crescente com o estudo de outras técnicas de manejo envolvendo métodos culturais, controle biológico e medidas alternativas (feromônios e iscas/armadilhas). Uma tendência mais recente é o desenvolvimento de estudos bioecológicos considerando o sistema de produção como um todo. As pesquisas atuais têm abordado também uma outra vertente que considera as pragas subterrâneas como um componente importante da macrofauna de solo e investiga os fatores que as afetam, visando equilibrar as populações dessas pragas no ecossistema, ao invés de, simplesmente, controlá-las. Amostragem, quantificação e estabelecimento de níveis de dano e, especialmente, identificação taxonômica de insetos edáficos são temas que precisam ser melhor estudados. A despeito dos avanços, a pesquisa básica sobre pragas de solo, ainda é um desafio e precisa ser aprofundada para muitas espécies.

Ano de publicação: 2004

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Soja

Palavras-chave: Inseto, Inseto de solo, Manejo