Autoria: HENNING, A. A.; COSTA, N. P.; KRZYZANOWSKI, F. C.; FRANÇA-NETO, J. B.; MORAES, S. R.

Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar se a presença de grãos coloridos (róseo-castanho) era devido ao tratamento com produtos químicos com corante ou o resultado da infecção por algum microrganismo (fungo). Essa preocupação, por parte das cooperativas e exportadores, e decorrente dos recentes episódios com a China, que rejeitou cinco navios de soja brasileira por detectar em suas cargas de grãos a presença de sementes tratadas com fungicida. Como a identificação inicial é feita com base na coloração dos grãos, existe a preocupação por parte de cooperativas em receber grãos coloridos. O presente trabalho foi conduzido visando identificar se algum fungo poderia estar causando a coloração róseo-castanho no tegumento da semente (grão). Cinco amostras de soja foram submetidas para análise. Antes de se instalar o experimento, essas amostras foram visualmente examinadas e separados os grãos manchados, ardidos, impurezas (pedaços de hastes, vagens, torrões de solo e escleródios (Sclerotinia sclerotiorum). Descartada a possibilidade de ser a mancha púrpura (Cercospora kikuchii), cuja coloração característica pode ser facilmente identificada, buscou-se, através do teste de sanidade (método do papel-de-filtro), identificar outros fungos, especialmente do gênero Fusarium, que poderiam estar associados a coloração do tegumento. Após o período de incubação (sete dias/ 22ºC), foi feita a leitura dos fungos presentes. Foi constatada a presença de varios fungos. Porém a coloração róseo-castanha esteve sempre associada a presença de Fusarium graminearum.

Ano de publicação: 2006

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Soja

Palavras-chave: Grãos de soja rosados