Trajetórias e condições do camponês: as relações sociais nos assentamentos do Ceará.

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Autoria: ANDRADE, F. G. de

Resumo: Este trabalho analisa os avanços econômicos, políticos e sociais constatados no projeto de assentamento São José 11,bem como no projeto Aroeira. Os dois assentamentos, sob a coordenação do INCRA, estão localizados no Município de Ocara, na microrregião de Chorozinho no Estado do Ceará. Para dar conta dessas análises, recorre-se à noção de habitus fonnulada por Pierre Bourdieu. Foi, então, realizada com os assentados uma pesquisa de campo, mediante entrevista, aplicação de questionários, realização de oficinas e observações de suas práticas, para reconstituir suas trajetórias. Envolveramse, também, outros agentes direta ou indiretamente relacionados com sua história. O estudo está delimitado pelo o período 1950 a 2009, cobrindo desde sua condição de meeiro no latifúndio onde foi constituído seus habitus, até sua inscrição nos projetos de reforma agrária.Destaca-se no São José 11a existência de dois grupos de produtores que se diferenciampelas disposições incorporadas nas experiências. Um grupo formado por pessoas com idade entre 25 e 40 anos que viveram uma socialização plural, participaram como membros do MST, CPT, enquanto o outro grupo, constituído por indivíduos de mais de 40 anos, teve uma trajetória linear, ou seja, as disposições incorporadas são as do latifúndio.Essa configuração, sob a liderança do grupo mais jovem, estabeleceu uma rede de relações sociais que articula o Estado, o mercado e a cooperativa do assentamento. Com isso, diversificou suas fontes de renda, implantando o modelo agroindustrial múltiplo de processamento de castanha-de-caju, fábrica de cajuína e de ração, com o aproveitamento do bagaço proveniente do pseudofruto do cajueiro, a apicultura e ainda a criação de animais de médio e grande porte. O Aroeira constitui a configuração conservadora que se entende ser de sua socialização no contexto do latifúndio. É uma comunidade voltada para si e, nesse sentido, tacitamente foram forjadosmecanismos de autoproteção, como a solidariedade e as relações de confiança que se contrapõem às pressões externas. Este trabalho, também, sustenta ser o capital social estruturado pelo habitus, o que permite compreendê-Io assumindo papéis diferentesnas duas comunidades.

Ano de publicação: 2009

Tipo de publicação: Teses

Unidade: Embrapa Acre

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