Ocorrência de cigarrinha do gênero Mahanarva (Distant) (Hemiptera: Cercopidae) ocasionando severo dano em pastagem de Brachiaria brizantha no Estado de Mato Grosso do Sul.

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Autoria: VALERIO, J. R.; CHERMOUTH, K. da S.; PISTORI, M. G. B.; OLIVEIRA, M. C. M.

Resumo: São várias as espécies de cigarrinhas consideradas pragas-chave em gramíneas forrageiras no Brasil. Algumas das cigarrinhas típicas de pastagens incluem Notozulia entreriana (Berg), Deois flavopicta (Stal), Deois incompleta (Walker), Deois schach (Fabricius) e Aeneolamia selecta selecta (Walker), entre outras. Espécies de cigarrinhas do gênero Mahanarva (Distant), como M. fimbriolata (Stal), M. posticata (Stal) e M. rubicunda (Walker), que, por vezes, são encontradas em gramíneas forrageiras, não são típicas de pastagens. Nesse trabalho, registra-se pela primeira vez para o Estado de Mato Grosso do Sul, a ocorrência de espécie (ainda por ser identificada) pertencente ao gênero Mahanarva ocorrendo de forma generalizada, ocasionando danos severos em pastagem. Tal constatação se deu em área de Brachiaria brizantha cv. MG4, no Município de Japorã em março de 2008. Trata-se de área de pastagem que havia permanecido vedada, gerando assim microclima especialmente favorável às cigarrinhas desse gênero. O quadro de fitotoxemia verificado na área era intenso, indicando a ocorrência de altos níveis populacionais. Por conta de seu maior tamanho, em relação às cigarrinhas típicas de pastagens, as espécies desse gênero, quando em altas populações, causam danos severos em gramíneas como, por exemplo, do gênero Brachiaria. Por ocasião da visita de diagnóstico, quando a pastagem apresentava-se totalmente seca, os níveis de infestação, no entanto, já não eram tão altos (30 massas de espuma/metro quadrado e 10,4 adultos por 10 redadas). Cumpre registrar que a cultivar Brachiaria brizantha cv. Marandu, que foi lançada pela Embrapa em 1984 e que tem contribuído sobremaneira para a redução dos danos causados pelas cigarrinhas em várias regiões da América Tropical, há alguns anos, tem sofrido danos por cigarrinha do gênero Mahanarva. Tal fato, entretanto, tem sido constatado, até então, apenas no norte do país. O importante desse registro é que, aparentemente, trata-se da mesma espécie, sugerindo ampliação nos limites de sua ocorrência. Em ambos os casos, as cigarrinhas apresentam vários padrões de coloração alar, variando desde o vermelho vivo até coloração escura quase negra, com padrões intermediários com cabeça e pronoto escuros e tégminas vermelhas. A diversificação das pastagens com a utilização de capins resistentes às cigarrinhas tem sido preconizada como alternativa de controle. Historicamente, gramíneas forrageiras têm sido avaliadas quanto à resistência às cigarrinhas na Embrapa Gado de Corte, em especial envolvendo aquelas típicas de pastagens. Fatos como esse determinam a necessidade de ajustes no programa de seleção de gramíneas resistentes, ampliando o número de espécies de cigarrinhas a serem incluídas, adquirindo um enfoque envolvendo múltiplas espécies. Cigarrinhas do gênero Mahanarva têm sido tradicionalmente associadas a gramíneas de grande porte, como cana-de-açúcar, cultura que, aliás, tem experimentado extraordinário crescimento na região em questão.

Ano de publicação: 2008

Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings

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