Resumo: No Brasil, a carcinicultura marinha é uma das atividades agroindustriais mais atrativas economicamente, concentrando 93% de sua produção no Nordeste. No entanto, durante o processamento do camarão, 50% do peso do animal resulta em subproduto (cefalotórax, segmentos abdominais e carapaças), descartado sem qualquer tipo de aproveitamento tecnológico. A utilização destes resíduos tem sido avaliada para obtenção de farinhas, substâncias farmacêuticas e alimentícias, silagens e fertilizantes. No entanto, não há padronização das técnicas utilizadas e o rendimento dos produtos obtidos ainda é pequeno. Desta forma, o objetivo do projeto é desenvolver técnicas de aproveitamento dos resíduos do processamento do camarão marinho (Litopenaeus vannamei) cultivado, a partir de metodologias simples. Para isso, foram elaboradas 11 formulações diferentes de silagens ácidas. A partir de ensaios prévios foi delineado um planejamento experimental, baseado na Metodologia da Superfície de Resposta, composto por duas variáveis independentes: adição de ácido acético (0,5 %, 1,0 % e 1,5 %) e de ácido fosfórico (0,5 %, 1,0 % e 1,5 %). As variáveis respostas foram tempo de estabilização e pH, diretamente correlacionadas com a qualidade final da silagem. A análise dos resultados preliminares mostrou que as quantidades de ácidos utilizados não foram suficientes para manter o pH das silagens abaixo de 5,0. Novas proporções deverão ser calculadas para garantir, através de uma formulação ótima, a qualidade e estabilidade da silagem.

Ano de publicação: 2009

Tipo de publicação: Artigo em anais e proceedings

Unidade: Embrapa Meio-Norte

Palavras-chave: Aproveitamento, Carcinicultura, Silagem