Banana BRS Vitória

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Foto: CUNHA, Léa

A cultivar de bananeira BRS Vitória possui como principais características resistência à Sigatoka-negra, Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá. Além disso, é também resistente à antracnose em pós colheita. Tais características tornam a tecnologia economicamente vantajosa aos produtores. A cultivar apresenta ainda elevada qualidade dos frutos, o que lhe confere maior vida de prateleira, tornando-a mais atrativa do ponto de vista comercial. A produtividade pode ultrapassar 44 toneladas por hectare, a partir do segundo ciclo, sob condições satisfatórias de cultivo.

Os frutos da 'BRS Vitória', quando maduros, apresentam casca de coloração amarelo-intensa, polpa de coloração creme, sabor adocicado e acidez reduzida, em relação aos frutos da cultivar Prata Comum. Tais características tornam a cultivar um produto atrativo para o consumidor.

Como alternativa para os produtores, a cultivar BRS Vitória, além de resistente às principais doenças da bananeira, é altamente produtiva e atende à demanda por banana no Estado do Amazonas. A cultivar apresenta bom perfilhamento, porte elevado semelhante às cultivares do subgrupo Prata, podendo ser plantada nos espaçamentos de 4m x 2,5m x 2,5m, com 1.230 plantas por hectare ou 4m x 2,5m x 2,0m com 1.538 plantas por hectare.

O mal-do-Panamá (causado pelo F. oxysporum f. sp. cubense - Foc), assim como as Sigatokas, consistem nas principais doenças da bananicultura, cujos danos representam, em médias, perdas de mais de 50% da produção nas áreas afetadas. A Sigatoka-negra é a mais temida e agressiva, cujas perdas podem chegar a 100% do bananal caso o controle não seja realizado em tempo hábil. As variedades resistentes, a exemplo da BRS Vitória, permitem a manutenção e, em alguns casos, a ampliação da bananicultura nas áreas cuja incidência destas doenças foi alta.

Quem ganha com isso?

Bananicultores; municípios cuja economia é, principalmente, baseada na bananicultura; varejistas e consumidores.

Abrangência geográfica

Região Norte (sobretudo), Nordeste e Norte de Minas Gerais.

Benefícios econômicos e sociais

Em razão das características da bananicultura no Estado do Amazonas, praticada por pequenos agricultores, com baixa adoção de insumos e bananais localizados às margens de mananciais de água, a utilização de cultivares resistentes às principais doenças e estáveis agronomicamente é a opção mais viável do ponto de vista técnico e socioambiental.

A tecnologia fortalece o resgate e/ou manutenção dos índices de produção, receita bruta e estabilidade da produção; contribui com a diminuição no fluxo migratório campo-cidade e a manutenção da segurança alimentar das populações cujo consumo de banana é parte significativa de sua base alimentar. Ademais, cerca de 80% dos produtores de banana são familiares de pequeno porte. Atualmente a bananicultura na Região Norte retomou sua viabilidade e importância histórica, sobretudo com base em cultivares como a BRS Vitória.

Incremento médio na produtividade: em torno de 50%, considerando as perdas causadas pelas Sigatokas Amarela e Negra e Mal do Panamá nas variedades caboclas e tradicionais.

Área Plantada estimada do conjunto das variedades BRS resistentes à sigatoka-negra e ao mal-do-panamá (Região Norte - 2014): cerca de 50 mil hectares.

Valor Bruto estimado da Produção (Região Norte - 2014): cerca de 550 milhões de reais.

Onde Encontrar:
Essa cultivar é de domínio público e a Embrapa não controla a produção de sementes e mudas realizada por terceiros.

Produto: Cultivar convencional Ano de Lançamento: 2005

Unidade Responsável: Embrapa Mandioca e Fruticultura

Unidades Participantes: Embrapa Semiárido, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Acre, Embrapa Amapa, Embrapa Rondônia, Embrapa Roraima

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