Matapi sintético para captura de camarões de água-doce

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Foto: LIMA, Jô de Farias

A pesca artesanal de camarões de água-doce no estuário amazônico ( Macrobrachium amazonicum Heller, 1862) tem se intensificado nos últimos anos, causando impactos tanto na população natural desses animais, devido à captura de indivíduos em fase jovem, quanto na redução dos estoques naturais de diversas palmeiras e cipós, que são tradicionalmente utilizados na fabricação de armadilhas de pesca (matapis).
A fabricação dos matapis tradicionais é feita artesanalmente e demanda tempo, experiência, requer elevado esforço físico na busca e tratamento da matéria-prima, além da habilidade em artesanato. Para a sua fabricação incluem-se as etapas de coleta e secagem das palmeiras e cipós, corte e preparação das talas e cipós, tecelagem da malha de cobertura, instalação dos anéis de sustentação com cipós, montagem do cilindro, tecelagem e instalação dos funis, construção de abertura lateral e instalação da porta para retirada dos camarões. Esse tipo de apetrecho possui durabilidade baixa, havendo a necessidade de manutenção ou reposição do mesmo a cada três ou quatro meses, sendo também a sua confecção de difícil padronização.
O matapi sintético é uma alternativa para captura de camarões, com formato similar ao matapi tradicional e ao confeccionado com garrafa PET. Caracteriza-se como uma armadilha tipo covo com funis fixados lateralmente, mas distinguindo-se basicamente pelos materiais utilizados na sua confecção. Trata-se de uma armadilha portátil, montável, de fácil manuseio e transporte. É constituída por quatro partes distintas, acopláveis entre si, confeccionadas em PVC, que são: anéis de fixação, tela em semicírculo para os funis, tela de cobertura e hastes de fixação. Os camarões são atraídos para o seu interior por meio de iscas (farinha de babaçu, buriti, inajá, farinha peixe, farinha da cabeça do camarão e outros) e ao adentrarem na armadilha acabam ficando presos devido à estrutura de malha e ao posicionamento do cone de entrada, que promovem uma espécie de bloqueio visual interferindo na formação de um ponto de referência para fuga.

Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outra(s) instituição(ões).

Produto: Máquina, implemento, equipamento Ano de Lançamento: 2021

Bioma: Amazônia

Unidade Responsável: Embrapa Amapa

Unidades Participantes: Embrapa Amapa

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