O caldo de cana-de-açúcar é muito utilizado em pesquisas com microrganismos, como as que investigam a interação entre a planta hospedeira e bactérias associativas (como a fixadora de nitrogênio Gluconacetobacter diazotrophicus) e os estudos sobre cepas de leveduras mais eficientes para a indústria alcooleira. Nestes estudos, o caldo pode ser adicionado a um meio de cultura específico ou utilizado puro como meio de cultura. Para isto, precisa ser esterilizado para que não contenha nenhuma outra forma de microrganismo vivo. Em geral, é comum a esterilização de líquidos por tratamento térmico, mas este não é o método mais adequado para o caldo de cana, pois pode causar alterações físico-químicas indesejadas, como desnaturação de proteínas, caramelização e conversão de carboidratos e proteínas em melanoidinas, através da reação de Maillard. Um procedimento alternativo, então, é a esterilização a frio, por meio de filtração. Esse procedimento tem potencial para ser utilizado, também, pela indústria alcooleira e alimentícia, inclusive, para caldos e sucos de outros vegetais.