Manejo Integrado de Pragas da Soja - MIP-Soja

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Foto: Andre Mateus Prando

O Manejo Integrado de Pragas (MIP-Soja) é um conjunto de tecnologias que utilizado harmonicamente permite a condução da lavoura por meio de táticas sustentáveis de controle de pragas (que inclui o uso racional de inseticidas), que são aplicadas apenas quando necessárias e economicamente viáveis. A sua aplicação é no manejo das pragas da soja que ocorrem durante todo o ciclo da lavoura. A cultura da soja está sujeita ao ataque de insetos desde a germinação até à colheita. As principais pragas da soja são as lagartas e os percevejos, que causam danos econômicos mais graves quando não manejados corretamente. Nos últimos anos, o número de aplicações de inseticidas para controle desses insetos aumentou drasticamente sem critérios técnicos levando ao uso abusivo de agrotóxicos, com a utilização média de 4 a 6 aplicações por safra dependo da localidade e ano. Essa prática é insustentável, tanto no aspecto econômico quanto no ambiental. O uso errôneo de agrotóxicos desequilibra o ambiente, consequentemente estimulando o aumento de pragas secundárias (ácaro e mosca-branca, por exemplo) e também favorece ressurgência das pragas e a seleção de pragas resistentes aos inseticidas utilizados. O manejo desses problemas apenas é possível com a adoção do MIP. Quem ganha com isso: produtores de soja, cooperativas, mercados interno e externo e principalmente os consumidores que terão um produto final de maior qualidade e segurança alimentar. Abrangência geográfica: em todo o País, pontualmente em áreas de produtores modelos. Mais significativamente no estado do Paraná devido ao programa “Plante seu Futuro” onde os técnicos da Emater introduzem e ensinam os produtores sobre a tecnologia. Benefícios econômicos e ambientais: a Embrapa e a Emater/PR, desde a safra 2012/2013, vêm estimulando a adoção do MIP-Soja entre os produtores rurais do Paraná. Na safra 2017/2018, foram instaladas Unidades de Referência (URs) em propriedades de 196 produtores do Paraná para avaliar o impacto da utilização no Manejo Integrado de Pragas na cultura da soja. O número médio de aplicações de inseticidas nas Unidades de Referência que utilizaram o MIP na safra 2017/2018 foi de 1,7 aplicações nas áreas com soja sem resistência a lagartas e 1,3 aplicações nas áreas com soja resistente a lagartas, enquanto a média estadual foi de 3,9 e 2,8 aplicações respectivamente, entre os produtores que não utilizam o MIP. É um número bastante expressivo, pois mostra uma redução na aplicação de inseticidas superior a 43% nas áreas que adotam o MIP. Outro indicador de sucesso da tecnologia foi o aumento do tempo necessário até a primeira intervenção com inseticidas para o controle de pragas. Enquanto a média para a primeira aplicação de inseticidas nas Unidades de Referência foi de 75 ou 84 dias, para áreas de soja com ou sem resistência a lagartas, a média do Estado foi de 43 ou 51 dias respectivamente. A produtividade alcançada com a tecnologia é a mesma, mas com um menor gasto de inseticidas e consequentemente com um menor impacto ambiental da atividade agrícola e maior lucratividade.

Onde Encontrar:
Treinamentos com a Área de Entomologia da Embrapa Soja
Rod. Carlos João Strass, s/nº, acesso Orlando Amaral
Caixa Postal 231, CEP 86001-970, Distrito de Warta, Londrina/PR
Telefone: (43) 3371 6000
http://www.embrapa.br/soja

Publicações no site da Embrapa Soja: https://www.embrapa.br/soja/publicacoes/insetos

Prática agropecuária: Prática para manejo de pragas vegetais Ano de Lançamento: 1975

Bioma: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa, Pantanal

Unidade Responsável: Embrapa Soja

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