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Sistemas de produção em área de Plintossolo Pétrico nos estados de GO e TO

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Na expansão agrícola do Brasil, primeiramente foram ocupadas as áreas de maior potencial produtivo, com maior índice pluvial, maior altitude, relevo plano e solos com maior teor de argila. Atualmente, estas áreas estão ocupadas e a expansão agrícola ocorre em locais de difícil manejo, em áreas de baixa altitude, com regime hídrico mais restrito e/ou em solos arenosos ou cascalhentos.
Para exploração destas áreas, são necessárias soluções tecnológicas de sistemas agrícolas sustentáveis, como o Plantio Direto (PD), a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Estes sistemas são fundamentais para evitar a degradação do solo no processo erosivo, na mineralização da matéria orgânica e na redução da biodiversidade do solo promovidos pelas altas temperaturas e pela grande intensidade das chuvas do clima tropical.
A empresa parceira neste projeto cultiva soja e cria gado em fazendas nas regiões Norte de Goiás e Sul do Tocantins. As propriedades apresentam grande extensão ocupadas por Plintossolos Pétricos, solos com excesso de cascalho que dificultam o manejo agropecuário. Foi experimentado o cultivo de soja nestas áreas de cascalho e o grupo diminuiu o cultivo por insucessos e por ausência de recomendações técnicas para o cultivo nesses solos.
Os Plintossolos Pétricos apresentam mais de 50% de cascalho em sua composição. Têm baixa capacidade de retenção de água e de nutrientes e são superaquecidos em sua superfície quando descobertos, fatores que limitam o desenvolvimento de plantas cultivadas com alto desempenho. O problema a ser solucionado, por meio deste projeto, é o baixo desempenho de cultivos agrícolas nas áreas de Plintossolos Pétricos nas fazendas da empresa parceira.
Este problema existe pelo desconhecimento técnico e científico de todas as áreas das Ciências Agrárias sobre as condições de solos com excesso de cascalho, como nos seguintes aspectos: desconhecimento dos “tipos” de Plintossolos Pétricos em relação às variantes de proporção de cascalho em sua matriz e o potencial agrícola de cada um; os critérios de recomendação de correção e de adubação vigentes não refletem a realidade para os Plintossolos Pétricos; dificuldade de estabelecer o estande adequado de plantas de interesse, uma vez que as sementes ficam em pouco contato com o solo; não se conhecem cultivares, híbridos ou espécies de plantas cultivadas mais adaptadas às condições de solos com cascalho; o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) não considera qualquer critério para o caso dos solos com cascalho; o cultivo de espécies florestais exóticas e nativas encontra dificuldades em condições adversas como as dos Plintossolos; a dinâmica e a ocorrência de espécies de plantas daninhas, pragas e doenças são desconhecidas em solos com cascalho.
A hipótese deste projeto é que a adaptação de sistemas integrados com correção da fertilidade do solo em profundidade e o desenvolvimento de um sistema de produção para áreas de cascalho poderá viabilizar o cultivo em áreas de Plintossolos Pétricos por meio do aumento da sustentabilidade do sistema promovido pelo aporte de biomassa ao solo.
O objetivo é o desenvolvimento de pesquisas para estabelecer um manejo sustentável de áreas de cascalho para produção agropecuária com diversificação, com rentabilidade e com sustentabilidade junto à empresa parceira. Serão avaliadas técnicas de manejo de: plantio, adubação e tratos culturais para a soja adaptadas ao manejo de Plintossolos Pétricos; manejo e intensificação de pastagens adaptadas ao manejo de Plintossolos Pétricos; e manejo para inclusão de culturas agrícolas alternativas à soja no sistema de produção em Plintossolos Pétricos.
Além de atividades mais ligadas à produção agropecuária, o projeto tem um componente de transferência de tecnologias para capacitação da equipe técnica da fazenda com o manejo recomendado para Plintossolos Pétricos.

Situação: em execução Data de Início: Sun Nov 01 00:00:00 GMT-03:00 2020 Data de Finalização: Thu Oct 31 00:00:00 GMT-03:00 2024

Unidade Lider: Embrapa Pesca e Aquicultura

Líder de projeto: Rodrigo Estevam Munhoz de Almeida

Contato: rodrigo.almeida@embrapa.br