Julho/2013 - 4ª semana - Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

No semiárido brasileiro, os plantios de mandioca costumam ocorrer em terrenos caracterizados por possuírem alta quantidade de areia e baixa fertilidade, os chamados argissolos. Corrigir esse problema é um caminho importante para os agricultores melhorarem a produtividade e a renda obtida com a cultura.

O programa Prosa Rural dessa semana trata exatamente desse assunto: a correção do solo para plantio de mandioca em áreas dependentes de chuva na região Nordeste.  A pesquisadora Alineáurea Florentino Silva, da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), explica as vantagens da adoção dessa técnica e fala do seu impacto sobre o aumento da safra nas propriedades.

Para que o solo seja corrigido de forma eficiente, a primeira providência tomada pelo agricultor precisa ser a análise da terra em laboratório. O resultado irá indicar deficiências de nutrientes que, no caso dos argissolos do semiárido, são resolvidas por meio do calcário. Esse insumo é adequado para equilibrar a acidez e melhorar a absorção do fósforo pelas plantas. Este nutriente essencial para o desenvolvimento da mandioca.

Alineáurea destaca que a correção do solo é um investimento duradouro. "Após sua aplicação, uma boa quantidade desse insumo permanece no solo por mais de quatro anos. É um período que torna a relação custo-benefício bem favorável ao investimento na melhoria da fertilidade da área de cultivo".

Em Caiçara, o desempenho melhor foi registrado com a Gema de Ovo: 36,7 t/ha de raiz e 18,7 t/ha de parte aérea. A produção elevada de folhas e ramos destaca a qualidade forrageira da variedade e a vantagem do seu cultivo para formar estoque de alimentos ensilados ou fenados para alimentar os rebanhos no período seco.

Os testes foram realizados em 2010 e 2011 e, em Pereiros, mesmo com chuvas médias abaixo do normal, a colheita de raiz da variedade Brasília (23,4 t/h a) foi quase o dobro da alcançada pelos agricultores da região (12 t/ha). Os resultados também são satisfatórios para a parte aérea (folhas e galhos): mais de 15,8 t/ha.

Aline explica que os resultados alcançados pela correção e adubação do solo em Pereiros, Caiçara e Mudubim já estão sendo replicadas pelo IPA em outras comunidades de Petrolina. "São técnicas baratas, fáceis de manejar e levam as colheitas dos mandiocais para outro patamar produtivo", afirma.

Saiba mais sobre a correção do solo para cultivo da mandioca em áreas dependentes de chuva ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

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