14/11/11 |   Agricultura familiar

Prosa Rural - Alimentos biofortificados

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Novembro/2011 - 3ª semana - Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

A desnutrição é causada pela ingestão inadequada de nutrientes necessários para o metabolismo do corpo. Mesmo manifestações leves destas deficiências podem limitar o desenvolvimento de uma criança e adolescente e a sua capacidade de aprendizagem em tenra idade, determinando a acumulação de deficiências em seu rendimento escolar. Alguns estudos mostram que, embora de natureza multifatorial, a falta de alimentos de alto valor nutricional está entre os fatores determinantes que mais repercutem sobre o estado nutricional das crianças e adolescentes, particularmente nas áreas econômica e socialmente mais desfavorecidas.

A inserção de produtos biofortificados, principalmente em comunidades carentes, é uma alternativa viável para aumentar a oferta de micronutrientes e minimizar riscos carenciais. Essa estratégia visa melhorar o consumo destes nutrientes através da oferta de alimentos tais como carnes e feijões (ricas em ferro), vegetais de cor amarelo-alaranjado (ricos em beta-caroteno), assim como também de alimentos biofortificados. Fazem parte dessa cesta de alimentos mandioca, arroz, feijão comum, feijão verde, batata-doce, milho e abóbora.

Segundo o pesquisador Fernando Fleury Curado, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju/SE), introduzir esses alimentos na alimentação das comunidades rurais não é difícil já que esses cultivos existem em suas propriedades e os agricultores têm a experiência com a época de plantio, colheita etc.

"Entretanto, a biofortificação pode alterar atributos de aparência, aroma, sabor e textura, que pode limitar a aceitação dos alimentos, reduzindo o impacto positivo que estes alimentos podem trazer à saúde da população rural, principalmente das crianças, devido ao baixo consumo", observa.

"Por isso a importância dos estudos de produção e aceitação desses alimentos na preparação da merenda escolar, como foi feito na Rede Estadual de Ensino de Sergipe, com 176 crianças de 7 a 12 anos. As amostras foram preparadas de acordo com o hábito de consumo regional, sendo acrescidos temperos em ambas as amostras, simulando o produto feito na merenda escolar", acrescenta Curado.  

Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural,  programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

 

Sayonara Marinho
Embrapa Tabuleiros Costeiros

Contatos para a imprensa

Telefone: (79) 4009-1395

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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