Abril/2009 - 4ª semana - Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

Até os anos 70, o cajueiro - produto de grande importância socioeconômica - era considerado resistente às pragas. Mas com o aumento das plantações, os ataques da mosca-branca tornaram-se um problema sério, tanto para os cajucultores quanto para os apicultores. A criação de abelhas produtoras de mel é bem comum próximo aos pomares de caju e o uso de inseticidas químicos para combater a mosca-branca-do-cajueiro prejudica a qualidade do mel. Um estudo realizado pela Embrapa Meio-Norte (Teresina - PI) encontrou uma boa solução para esse problema ao comprovar que o uso de óleos vegetais é capaz de controlar ninfas e ovos da mosca-branca-do-cajueiro.

As pesquisas revelam que o ataque da mosca-branca nos cajueiros do Nordeste, principalmente no semiárido, é mais intenso na seca. E é justamente nessa época que as abelhas visitam as flores do cajueiro para produzir o mel.

Mas o controle ecológico da mosca-branca com o uso dos óleos de mamona, de nim e de soja não causam nenhum mal às abelhas, ou seja, não afeta a produção de mel. "Como a gente não poderia aplicar agrotóxicos surgiu a ideia de trabalhar com produtos naturais, no caso, o óleo vegetal", explica o pesquisador Paulo Henrique Soares.

E o produtor deve estar sempre atento ao ataque da mosca-branca-do-cajueiro pois essa praga pode fazer um grande estrago em apenas 36 dias. A mosca-branca deposita as fezes nas folhas dos cajueiros, provocando o desenvolvimento de fungos que deixam as folhas com uma mancha branca. Isso prejudica o crescimento das plantas e também a renda do cajucultor.

O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

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