11/05/09 |   Pesca e aquicultura

Prosa Rural - Uso do óleo de cravo no manejo de peixes

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Maio/2009 - 2ª semana - Região Norte

No Prosa Rural desta semana, a Embrapa Amazônia Ocidental traz informações sobre o uso do óleo de cravo como anestésico para peixes. Normalmente, os produtos disponíveis no mercado são próprios para outros animais e são adaptados para o uso em peixes. A maioria deles são produtos químicos, caros, importados e, portanto, pouco disponíveis para o produtor de pequeno porte. Como alternativa mais barata e de mais fácil acesso, a Embrapa recomenda então o uso desse produto natural, o óleo de cravo, como anestésico.

    Durante o programa, o pesquisador Luís Antônio Inoue, da Embrapa Amazônia Ocidental, explica como o produtor pode fazer a solução anestésica para peixes diluindo o cravo de óleo em álcool ou em uma bebida alcoólica, como o uísque ou a cachaça. Essa solução alcoólica pode ser armazenada por até dez dias ou mais se bem fechada e mantida em geladeira e em frasco escuro.

Mas antes de ser aplicada como anestésico nos peixes, essa solução ainda precisa ser misturada com água. Ou seja, 1 ml dessa solução alcoólica deve ser acrescentada em 1 litro de água. 48h após a exposição dos peixes ao anestésico todo o produto terá sido eliminado do organismo do peixe, sem riscos aparente de intoxicações aos peixes ou aos consumidores, pois o óleo de cravo tem também uso consagrado em outras áreas como a odontologia e a indústria de alimentos.

O óleo de cravo não deixa qualquer gosto característico no produto na hora do consumo se o peixe não for exposto sucessivamente ao anestésico em curto período de tempo.
Para anestesiar os peixes, deve-se dar um banho anestésico nos animais mergulhando-os na solução previamente preparada. O banho anestésico deve fazer efeito em torno de 1 minuto para a maioria dos peixes cultivados. Tambaqui, matrinxã, tilápia, pacu e outros peixes de respiração branquiária podem passar pelo banho anestésico. Mas o pesquisador alerta que a técnica não pode ser aplicada em peixes com respiração aérea (por pulmões), como o pirarucu, porque eles morrem afogados.  "Nesses casos, tiramos o peixe da água, pegamos a solução preparada e  esborrifamos a solução diretamente nas brânquias do peixe", explica Luis Antônio.

 

Região Norte

 

Adriana Ribeiro
Embrapa Amazônia Ocidental

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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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