Março/2007 - 3ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste

O Prosa Rural apresenta uma cesta desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa e da Universidade de Campinas especialmente para o transporte de figo, com o objetivo de diminuir as perdas dos produtores pós-colheita. "Estima-se que há uma perda entre 10 e 20% provocadas por manchas ou amassamentos nas frutas quando transportadas", afirma o pesquisador Clóvis Biscegli, da Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos – SP), um dos responsáveis pelo desenvolvimento da nova cesta.

Com estrutura que lembra embalagens de ovos, a nova cesta permite que cada fruto seja colocado em uma célula individual, que conta com um orifício e uma bandeja para impedir que o látex que escorre do pendúculo suje as outras frutas. Nas cestas usadas normalmente, de vime ou bambu, os frutos ficam uns sobre os outros e acabam amassados e sujos pelo látex, o que facilita a contaminação do produto ainda durante o transporte. A nova cesta para transporte de figo é feita de plástico, sendo considerada mais higiênica, pois o material é totalmente lavável. É constituída por uma bandeja com capacidade para 24 figos.

Os pesquisadores chegaram a este modelo depois de fazer testes com produtores de fido da região de Campinas na área de Valinhos e Vinhedos. Fruta delicada que precisa de muito cuidado para ser transportada após a colheita, o figo é uma das vintes frutas mais exportadas pelo Brasil. A figueira no Brasil ocupa uma área cultivada de 560 hectares, no estado de São Paulo, que é responsável por 80% da produção do figo de mesa do país. O figo cultivado nesta região é chamado de "figo roxo de valinhos".

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