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07/02/20 |   Recursos naturais

Ministro húngaro da Agricultura visita Banco Genético

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István Nagy conheceu o Banco Genético da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e anunciou intenção de firmar cooperação técnica com o Brasil nos próximos meses

O ministro da Agricultura da Hungria, István Nagy, conheceu nesta quarta-feira (5) o Banco Genético da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, acompanhado do presidente em exercício da Embrapa, Cleber Soares, da chefe da Unidade, Cleria Inglis, e do chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville. O encontro teve como objetivo apresentar o trabalho de preservação de recursos genéticos feito pela Empresa. Também integraram a delegação húngara o secretário-adjunto das Relações Internacionais do ministério húngaro, Zsolt Belánszky-Demkó, da assessora política Borbála Bekes, o embaixador da Hungria, Zoltán Szentgyörgyi, e o conselheiro da embaixada Gyula Misi.

"Não temos um centro de pesquisa com esse nível na Hungria", afirmou Nagy assim que conheceu os laboratórios do Banco Genético. "Vocês aqui trabalham inclusive com microrganismos, o que para nós é muito importante, pois nas últimas décadas a intensificação da agropecuária húngara provocou a diminuição da fertilidade dos nossos solos, além dos efeitos das mudanças climáticas", complementou.

Cleber Soares reforçou que, além de preservar e conservar os recursos genéticos brasileiros, a Embrapa  investe muito em agricultura de base ecológica, um caminho para equilibrar a constante demanda internacional por produção de alimentos e a sustentabilidade do agro nacional. "A agricultura tropical no mundo passou de monocultura para os sistemas integrados e a próxima fase será a de base ecológica", disse. Ele citou a fixação biológica de nitrogênio (FBN) e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) como exemplos de soluções. "E parcerias com o governo húngaro serão muito importantes nesse sentido", sinalizou.

Em outubro do ano passado, a Embrapa assinou um memorando de entendimento com o Centro Nacional de Pesquisa e Inovação Agropecuária (Naik) da Hungria. Criada há pouco tempo, em 2014, a instituição conta com cerca de 200 pesquisadores e 13 institutos vinculados aos temas agricultura e ciência de alimentos, responsáveis por pesquisas relacionadas à biotecnologia (genética animal e vegetal), melhoramento, reprodução e nutrição de animais, aquicultura e pesca, ciência de alimentos, produção de plantas, viticultura e enologia, pesquisa e manejo florestal, mudanças climáticas e biodiversidade, pesquisa e tecnologias agroambientais e engenharia agrícola.

Após a assinatura do documento, o presidente Celso Moretti foi à Hungria e visitou o Naik. Segundo Eliana Covolan, gerente de Relações Estratégicas Internacionais da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), a parceira com a instituição húngara poderá facilitar a participação da Embrapa nos editais de financiamento de pesquisas na União Europeia, com possibilidade de captar recursos para projetos de interesse comum.

Foram propostas pelo governo da Hungria as seguintes áreas de cooperação para análise da Embrapa:

  • Seleção de espécies de verduras visando atender à produção e comercialização em larga escala, incluindo a produção de sementes de plantio (pimentão, páprica, melão, melancia, bem como pepino, ervilha e variantes de feijão para consumo direto ou beneficiamento);
  • Aplicativo para mensuração do peso de gado bovino;
  • Sistema de monitoramento inteligente para produtores de leite e criadores de bovinos;
  • Softwares administrativos inovadores na agricultura e pecuária;
  • Gestão de metais pesados poluentes em sistemas de irrigação, em fontes hídricas subterrâneas e em cultivo de hortaliças;
  • Criação de um banco genético de carpas, o qual poderia servir como modelo para a criação de bancos genéticos de outras espécies;
  • Produção piscícola de baixo impacto ambiental e de baixo consumo de água que combina sistemas intensivos e extensivos;
  • Integração da piscicultura e agricultura irrigada com foco especial na aplicação de sistemas hidropônicos;
  • Produção e aplicação de ração para peixes composta de matérias primas locais com baixo impacto ambiental;
  • Lançamento de projetos de P&D e de inovação compartilhados para elaboração de tecnologias de criação, reprodução e alimentação de trutas e tilápias;
  • Desenvolvimento de infraestrutura para piscicultura em água doce, na área de reprodução, criação (alevinos) e engorda (sistemas de armazenamento, construção de lagos, eventualmente o estabelecimento e desenvolvimento de sistemas intensivos);
  • Fortalecimento do intercâmbio estudantil e treinamento de empregados na área de aquicultura de água doce.

Robinson Cipriano (MTb 1727/88-DF)
Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire)

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