OLHARES PARA 2030

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Evaldo Ferreira Vilela | Geraldo M. Callegaro

Evaldo Ferreira Vilela | Geraldo M. Callegaro

Rede Nacional de Pesquisa e Inovação para a Agropecuária (RNPA) - Uma Proposta

Alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

ODS 9 - Indústria, inovação e infraestrutura ODS 17 - Parcerias e meios de implementação

Diante da absoluta necessidade de produzir alimentos para fazer frente à demanda de um Brasil que se industrializava e se desenvolvia nos anos de 1970 e, consequentemente, reduzir a crescente importação de produtos alimentícios, foi articulado um grande esforço nacional para que a Ciência aportasse soluções para o incremento da agricultura brasileira. Esse movimento, gradativamente, levou a uma das maiores invenções brasileiras, a Agricultura Tropical. As universidades vocacionadas para a agricultura foram fortalecidas e criou-se a Embrapa, dando início a um trabalho de compartilhamento de ideias e ações em pesquisa científica e tecnológica, com a cooperação entre pesquisadores e a interação com agricultores empreendedores, em um processo de geração e adaptação de tecnologias e inovações para a produção de alimentos no país.

Foi o início, nos primeiros anos da Embrapa, do Sistema Cooperativo de Pesquisa Agropecuária (SCPA), que, mais tarde, transformou-se no Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), constituído pela Embrapa , pelas Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária  (OEPAS), universidades e institutos de pesquisa de âmbito federal e estadual, além de outras organizações públicas e privadas, direta ou indiretamente vinculadas à atividade agrícola. Possivelmente, o SNPA foi a primeira rede de pesquisa bem estabelecida no Brasil. Esse sistema perdura até os nossos dias, porém, exauriu-se em sua funcionalidade, por razões apontadas em vários estudos .

Chegamos ao século XXI e o SNPA necessita ser atualizado, revigorado, como parte de um ecossistema tecnológico de vanguarda dedicado à agricultura, perfeitamente adaptado aos tempos digitais e da bioeconomia. Um novo sistema em rede, capaz de promover ambientes não hierarquizados, fortemente sustentados por atividades em coworking e ágil no empoderamento de talentos e de conexões institucionais em nível global. A complexidade dos desafios do mundo atual trouxe para a investigação científica mudanças profundas, tanto no modo de fazer quanto de disponibilizar seus resultados para a sociedade. Requer hoje intensa colaboração e foco na solução de problemas reais, com equipes multidisciplinares de pesquisa gerando conhecimentos novos, tecnologias e suas aplicações, para o presente e o futuro de uma agricultura que evolui para a produção de mais alimentos com muito mais sustentabilidade. Dependemos dos frutos desta agricultura, e de seus negócios, para fazer frente às demandas sociais, à segurança alimentar e ao combate às desigualdades socioeconômicas em nosso país. 

A Embrapa, na implementação do seu Programa de Pesquisa, tem buscado a formação de redes, que incluem clientes e instituições financiadoras, públicas e privadas, nacionais e internacionais. Observa-se, no entanto, que fossem as atuações individuais mais proativas, o resultado seria muito mais efetivo. Nas redes constituídas nos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia - INCT/MCTCI, como é o caso do INCT do Café, baseado na UFLA, e do INCT da Produção Animal, baseado na UFV, há intensa proatividade na gestão do conhecimento e diversidade de competências, o que tem contribuído para a maior efetividade do trabalho. A participação interativa online das comunidades das redes é outro fator que tem contribuído para ampliar a velocidade e a qualidade das interações, como acontece na Rede de Inovação Tecnológica para a Defesa Agropecuária (RITDA) , do Projeto Inova-Defesa, financiado pelo CNPq/CTAgro/MCTCI, resumido no Anexo 1.

Caracterização de Redes, Inovação e Agronegócio

Neste contexto, é estratégico para o país constituir um novo sistema de pesquisa agropecuária, que substitua o SNPA, observando-se, necessariamente, como funcionam as atuais redes de pesquisa globais, focadas na prospecção de desafios de um mundo em profundas e rápidas transformações. São redes que articulam e potencializam as fortalezas de seus partícipes, no âmbito da economia do conhecimento. Assim, um novo sistema nacional deve formar-se a partir da conexão de redes de pesquisa focadas em questões locais/regionais, mas integradas a ambientes de PD&I amplos nas mais diversas áreas do conhecimento em geral, contribuindo para inovações a um custo/beneficio favorável.

O enfrentamento dos desafios atuais e futuros (Anexo 2) da Agricultura Tropical, como a sua expansão crescente e sustentável, tendo em conta a realidade dos nossos biomas, somente será conseguida com a geração de novos conhecimentos científicos e tecnológicos e sua aplicação em inovações capazes de favorecer os produtores rurais. Na base da formação dessas redes, além dos atributos já elencados, está a aplicação prática do modelo da Triple Helix , constituído por universidades, governos e empresas. Há uma tendência de incorporar uma quarta e importante hélice: a comunidade interessada. Isso pressupõe compreender o ambiente onde se processam as relações e desenvolver estratégias de aprimoramento cognitivo. Em suma, aprimorar o diálogo entre Ciência e Sociedade.   

O termo rede tem múltiplas aplicações, como em rede de ensino, rede elétrica, rede de televisão e muitas outras. No contexto da pesquisa cientifica e tecnológica, uma rede é hoje entendida como um ambiente aberto, que integra os “nós” que compartilham os mesmos objetivos, valores e códigos de comunicação. Uma rede de pesquisa é, necessariamente, formada por pesquisadores que compartilham um ambiente não hierárquico, altamente dinâmico, capaz de gerar novos conhecimentos, novas tecnologias e inovações, sem ameaças ao seu equilíbrio. A morfologia da rede deve ser uma fonte permanente de drástica reorganização de relações de poder, sendo fundamental que os integrantes compreendam o conceito e o significado das características essenciais de uma rede de interesse para PD&I, como:

Características:   O que significa:
Horizontalidade Premissa essencial para uma rede: todos têm o mesmo poder de decisão.
Lideranças múltiplas  Não há chefes na rede, mas sim muitos líderes.
Objetivos compartilhados Somente há rede se seus membros compartilham os mesmos objetivos e valores.
Livre intercomunicação Horizontal O fluxo de informação é livre entre os membros da rede, salvo restrições impostas pela propriedade intelectual.
Corresponsabilidade Todos os membros são corresponsáveis pelo funcionamento da rede, o que requer iniciativa individual e coworking.
Democracia A participação na rede se dá de forma democrática, pautada na transparência das relações.
Solidariedade  As redes se contrapõem à cultura do “levar vantagem” do “guardar para si”.
Autonomia e empoderamento dos seus membros  Organizar-se em rede pressupõe a busca continuada da emancipação de seus membros, sendo portanto uma operação de natureza dinâmica.
Livre entrada e saída A rede está sempre aberta a entrada e saída de participantes.

  
Por seu turno, o termo inovação se aplica a produtos, processos ou serviços percebidos como novos pelo mercado e que geram melhores resultados para quem os produz, seja ampliando vantagens competitivas, reduzindo custos, otimizando recursos ou aumentando a satisfação dos clientes. Produtos, processos ou serviços inovadores podem igualmente gerar benefícios sociais, sem ganho financeiro. Ideias novas ou recicladas, com potencial, devem ser desenvolvidas para criar valor. Ideia sem valor não ajuda a inovação. A gestão da inovação é fundamental para criar novos negócios.

Já o termo agronegócio , que surgiu em 1957 e foi integrado à legislação brasileira, é definido como a cadeia de negócios que integra as atividades econômicas organizadas de fabricação e fornecimento de insumos, produção, processamento, beneficiamento e transformação, comercialização, armazenamento, logística e distribuição de bens agrícolas, pecuários, de reflorestamento e da pesca e seus subprodutos e resíduos de valor econômico. Como no Brasil, em geral, o termo agronegócio suscita reações contrárias, pode ser empregado com a devida contextualização do seu valor para a alimentação.    

Rede Nacional de Pesquisa e Inovação para a Agropecuária  (RNPA)

A RNPA é proposta como uma rede que congregará instituições públicas e privadas de PD&I, universidades, associações de produtores, agências públicas e privadas de assistência técnica e extensão rural, empresas privadas do setor agrossilvipastoril e de agroindústrias. A gestão da rede deverá ser feita por um Grupo Gestor, com representação das instituições partícipes, incluindo lideranças oriundas de PD&I, devendo merecer atenção os seis biomas terrestres e o bioma aquático existentes no Brasil. Ponto relevante é que as lideranças de PD&I nascerão espontaneamente dos participantes da rede.

Objetivos a serem seguidos pela nova rede de pesquisa agropecuária:

•    Compatibilização de diretrizes e estratégias da pesquisa agropecuária de acordo com as políticas de desenvolvimento definidas para o país, como um todo, e para cada região e região, em particular.
•    Organização e coordenação das matrizes de instituições que atuam no setor em torno de programação sistematizada, visando eliminar a dispersão de esforços, sobreposições e lacunas não desejáveis.
•    Desenvolvimento de um sistema nacional de priorização de pesquisa e acompanhamento e avaliação dos resultados e entregas.  
•    Criação de bancos de dados com informações para a pesquisa agropecuária e seus usuários.
•    Promoção da organização e racionalização de meios, métodos e sistemas, para uso de acordo com o interesse comum e a atuação em rede de PD&I.
•    Favorecimento da capacitação formal e informal do pessoal atuante na rede.
•    Disponibilização de apoio técnico, administrativo, material e financeiro entre instituições integrantes da rede.
•    Mobilização de recursos para financiamento de ações de PD&I e outros objetivos de interesse da rede RNPA e suas redes derivadas dos programas e projetos de pesquisa.


A RNPA se propõe a funcionar com eficiência técnica, econômica e social, para a solução de desafios e problemas da produção e processamento de produtos agrossilvipastoris. Tecnicamente eficiente, ao trabalhar em estreita colaboração com os interessados em novos conhecimentos e avanços tecnológicos, poderá ajustar a experimentação e contribuir para o desenvolvimento de planos de negócio em moldes similares ou em parceria com as startups. Como rede de desenvolvimento científico e tecnológico, estará necessariamente conectada às necessidades de inovação dos usuários, como para o aumento da produtividade, melhor uso dos recursos, maior eficiência socioeconómica etc. E será socialmente eficiente, na medida que se propõe responder aos interesses por inovação do pequeno ao grande produtor, do processador ao comerciante de produtos agrossilvipastoris.

Além disso, com vista à otimização do uso de recursos humanos e de infraestruturas físicas e de serviços, os projetos da RNPA estarão em sub-redes específicas, que poderão ser muitas, dependendo da necessidade, oportunidade e articulação, nos temas prioritários de PD&I. Redes de suporte à difusão e comunicação dos resultados, inclusive para a sociedade, serão formadas à semelhança das existentes nas instituições que irão compor a RNPA.

As lideranças dos projetos de pesquisa nascerão espontaneamente das equipes de pesquisadores e demais integrantes da RNPA, e por sugestão de outros profissionais e produtores, tendo em conta as prioridades estabelecidas pelas instituições partícipes. Os projetos terão suas equipes, nos moldes correntes em nossa comunidade, focadas na geração de novos conhecimentos e aplicações tecnológicas, em ambientes, físicos ou virtuais, de compartilhamento de orçamentos, laboratórios, campos experimentais e outras infraestruturas de serviço e apoio. Créditos pelos resultados seguirão as regras estabelecidas, mediante contratos, inclusive de propriedade intelectual, agenciados pelas instituições partícipes. O membro participante de uma rede de pesquisa, além do ganho em prestígio, certamente terá mais acesso a recursos mais significativos e participará naturalmente de publicações de maior impacto, já que a colaboração possibilita ir mais longe e mais profundo na investigação.     

A RNPA terá um Grupo Gestor, representativo dos seus integrantes, nos moldes dos Grupos Gestores dos INCTs, com possíveis adaptações. O Grupo será responsável pela construção e vigilância permanente de um ambiente desburocratizado, próprio dos ambientes de C&T e P&D&I globalizados, com a tarefa adicional de, periodicamente, identificar oportunidades e desafios para suas ações.

Considerações finais

Há que se considerar que o sucesso de uma rede de pesquisa e inovação, nos tempos atuais, depende de um ambiente robusto em: (i) diversidade de competências e pensamentos; (ii) acompanhamento dinâmico das interações colaborativas e um pronto encaminhamento para a solução de problemas advindos da colaboração, como propriedade intelectual e geração de negócios cooperativos; (iii) redução de hierarquias burocráticas sobre o pesquisador; (iv) culto a valores como confiança, gentileza e mérito, e (v) flexibilidade na gestão do processo de inovação.

Ressalte-se também a escolha por parcerias estratégicas e priorização de ações que viabilizam o cumprimento das expectativas de inovação na produção, com reflexos positivos sobre a captação de recursos para os avanços dos projetos. Contrapondo-se à escassez atual de recursos para a pesquisa, surge o crescente interesse e o investimento privado para a inovação no país, o que representa oportunidades para as redes de pesquisa proativas. Na medida que reunir e conectar pesquisadores, empreendedores e investidores para a geração de produtos e serviços inovadores, maior atenção será dada às redes com vistas a novos negócios. Veja o interesse crescente, por exemplo, do BNDES, com o Fundo de Investimento Criatec, dedicado às startups de base tecnológica.
 
O sucesso de uma rede de pesquisa e inovação depende de sua capacidade de representar um valor para a comunidade onde se insere. Para isso, terá a rede que manter-se com credibilidade e reputação positivas, para criar mecanismos efetivos de comunicação sobre o que faz. Transparência e decodificação de resultados facilitam a compreensão pela sociedade e os órgãos de controle sobre o que faz a rede com os recursos públicos e privados que utiliza na condução das pesquisas.     

Depende, ainda, do empenho de cada um dos membros da rede, os quais terão ganhos pessoais e profissionais destacados por atuarem em colaboração. O crescimento da importância das redes de pesquisa e inovação representa uma pressão natural por mais segurança jurídica e, ao mesmo tempo, redução da burocracia, tendo como referência os países centrais.   

Anexo 1

Rede de Inovação tecnológica para a defesa agropecuária

O Projeto "Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária" foi coordenado pelo Prof. Evaldo Ferreira Vilela, da Universidade Federal de Viçosa, e financiado pelo Fundo Setorial para o Agronegócio – CTAgro/MCTCI e CNPq. Ao longo de 48 meses, levantou a realidade da Defesa Agropecuária no Brasil, com identificação de gargalos e desafios, visando a proposição de melhorias por meio de programas de capacitação de seus agentes, da indução de redes sociais e inovação tecnológica. Na primeira etapa, com base na análise documental, descreveu-se o sistema brasileiro de Defesa Agropecuária, com a identificação de macroproblemas categorizados em "Legislação", "Aparato Institucional" e "Conhecimento/Inovação". Entre os principais gargalos, destacou-se a ausência de cursos de capacitação nas diversas áreas da Defesa Agropecuária no país.

Na sequência, o Projeto levou à criação de cursos de Mestrado Profissional em Defesa Agropecuária. Oito propostas receberam o apoio do Projeto para serem submetidos ao Edital CNPq 064/2008. Quatro foram recomendadas e receberam recursos. Representou um grande avanço, com reflexos até os dias atuais. A segunda etapa, denominada "Diagnóstico", teve duas vertentes: um levantamento das tecnologias e competências existentes nas universidades e instituições de pesquisa, aplicáveis `a situação da Defesa Agropecuária. Foram entrevistados 150 pesquisadores de todas as regiões do país e catalogados, em um diretório próprio, mais de 200 tecnologias e competências, todas disponibilizadas online e continuamente atualizadas pelos próprios pesquisadores. Nesta etapa, também o setor empresarial foi envolvido pela rede.

Workshops foram realizados para aproximar os órgãos de defesa, institutos de pesquisa, universidades, setor privado e demais envolvidos. Foi, assim, possível definir uma visão de futuro para a Defesa Agropecuária e entregar à comunidade a “Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária - RITDA ”, com recursos de web 2.0, inédita à época no país, que dinamizou a comunicação e interação entre pesquisadores, docentes, estudantes de pós-graduação, setor privado e agentes da Defesa Agropecuária. A RITDA foi aberta ao público em 6/4/2009 e, desde então, vem tendo um número crescente de acessos e exibições de página dentro e fora do Brasil. Sua consolidação dependeu sempre da participação dos membros, que somam mais de 7mil, os quais acrescentam conteúdos técnicos e estimulam colegas profissionais da área a interagir.

 

Anexo 2

Tendências globais , oportunidades e desafios de inovações

Ao considerar os desafios e as oportunidades locais, ou globais, a RNPA deverá ter em conta os 17 Objetivos  de Desenvolvimento pactuados no contexto das Nações Unidas, para o período 2016-2030. Para isto, conta a experiência acumulada, inclusive no atendimento das estritas leis ambientais.

As megatendências indicadas a seguir, adicionadas a outras possíveis, terão relevante impacto sobre os programas de PD&I para atender às novas demandas por alimentos, fibras e bioenergia. Elas incluem:

  • Aumento na demanda de água, recurso escasso e ameaçado pelos efeitos das mudanças climáticas.
  • Aumento na demanda por energia, com crescente utilização de fontes renováveis, como eólica e solar.
  •  Aumento das emissões de carbono de efeito estufa e novos mercados para mitigar seus efeitos.
  •  Crescimento da pressão resultante do aumento mundial da demanda de alimentos, fibras e energia renováveis.
  •  Instabilidade de preços dos alimentos, devido ao aumento da população, da renda e da variabilidade climática, dentre outros.
  • Aumento de conflitos sobre recursos naturais.
  • Declínio da concentração de minerais nas reservas existentes e aumento na demanda por reciclagem.
  •  Declínio da biodiversidade, pelo desmatamento e degradação ambiental.
  •  Acelerado desenvolvimento tecnológico, com avanço da nova economia, que promoverá grande crescimento econômico na Ásia.
  • Envelhecimento da população e consequente aumento da demanda de serviços para garantir uma velhice saudável.
  • Mundo mais conectado, via realidade virtual, com acesso a serviços, informações, transações comerciais e financeiras, trabalho e interação social etc.
  •  Aumento na demanda por lazer, inclusive turismo rural e ambiental, por efeito do aumento da renda e de tempo livre da população.
  • Demanda crescente por produtos de alimentação de alta qualidade, seguros para o consumo humano e animal e sustentáveis para a preservação ambiental.
  • Tendências identificadas pela Embrapa e FAO, OCDE, USDA, BM, BID e outros devem também ser levadas em conta.

 

Evaldo Ferreira Vilela

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)

Formado em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa. É Mestre em Entomologia pela USP e PhD em Ecologia pela Universidade de Southampton, Inglaterra. Realizou pós-doutoramentos nas Universidades: da Califórnia-Berkeley (EUA), de Nuremberg-Erlangen (Alemanha) e Tsukuba, Japão. É Pesquisador 1A do CNPq, com mais de cem artigos científicos referenciados e 40 mestres e doutores orientados.

Foi Presidente da Sociedade Entomológica do Brasil e da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Foi membro da CTNBio/MCTI.

Atuou em Comitês de Assessoramento do CNPq, Capes e Finep e foi membro do Fundo Setorial do Agronegócio – CTAgro/MCTI. É membro da SBPC, do Programa de Empreendedorismo SEED do Governo de Minas, e do Conselho Administrativo do SEBRAE Minas. Foi Diretor da Fundação Arthur Bernardes de Apoio à UFV (1994–1999) e Reitor da UFV (2000–2004). Integra o Programa de Pós-Graduação em Entomologia da UFV e coordenou o Projeto Inovadefesa, financiado pelo CNPq e MCTI, bem como do projeto Inovaminas, financiado pela Finep. Integra o programa DataViva, do Governo de Minas Gerais com o Media Lab MIT.

Foi Secretário Adjunto de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (2007–2014) e Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig (2014), onde, atualmente, exerce o cargo de Presidente.

Geraldo M. Callegaro

Consultor

Geraldo M. Callegaro é Engenheiro Agrônomo, 1970-1974, Mestre em Economia Rural, 1974-1976, Universidade Federal de Viçosa-MG-Brasil; e Ph.D. em Políticas Públicas, 1980-1985, Universidade de Minnnesota, Estados Unidos da América. Atuou como: Pesquisador em Economia, Embrapa Semiárido, 1976-89, Petrolina-PE; Coordenador de Análise de Politicas Públicas, Secretaria de Assuntos Internacionais, Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral, Brasília, DF, 1989-1991; Pesquisador em Economia, da Embrapa Gado de Leite, 1996-1998, Juiz de Fora - MG; Especialista em Programas, Projetos de Investimento e Análise Setorial, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA, San José, Costa Rica, 2001-2005, tendo atuado em mais de 15 países das Américas; Especialista em Políticas Públicas, FAO, Roma, Itália, 1999-2011, tendo atuado em mais de 25 países, em três continentes; Pesquisador em Economia e Consultor Sênior do CNPQ, 1974-1975; 1997-1998; e 2011-2013, neste particular, tendo preparado artigo técnico para a Revista de Pós-graduação da Capes e editado o livro inédito: “Elemento s de Defesa Agropecuária”; Consultor Internacional em Políticas Públicas, Desenvolvimento Institucional e Diagnóstico, Análise Setorial e Planejamento do Desenvolvimento do Setor Agropecuário.

Foi Assessor da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento e Orçamento, em Brasília, 1989-1991; Consultor do Instituto Internacional de Políticas de Alimentos - IFPRI, 1985, e do Banco Mundial, em Washington, D. C., USA, 1986. Como funcionario internacional chefiou e participou de missões de assistência técnica aos países membros do IICA e da FAO-UN, em mais de 40 países das Américas Latina, Central e do Norte, Europa, África e Ásia. Ocupou varias posicões de destaque nas instituições em que trabalhou. Atuou também como Professor Convidado de Planejamento Agrícola e Crédito Rural, do Departamento de Economia Rural, da Universidade Federal de Viçosa, 1985, e Professor concursado da Universidade do Estado da Bahia, 1986-89, e consultor nacional de empresas privadas. Tem um acervo significativo de publicações no Brasil e no exterior.

Atualmente atua como Consultor Nacional e Internacional nas áreas de Política Agrícola; Desenvolvimento Rural Sustentado; analise, desenvolvimento e reforma institucional; e administração e gestão de empresas públicas e privadas. As ultimas consultorias em negociação/execução para os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Rural de Angola, Moçambique e São Tome e Príncipe. Apoia também a ABC/UFV/Fapemig na edição dos textos sobre o Brasil e redação de alguns itens do capitulo do Brasil no livro sobre “Segurança Alimentar nas Américas” e editor do livro “Um Projeto de Ciências para o Brasil” e do livro “Biomas e Agricultura: Oportunidades e Desafios de Pesquisa”, este ultimo a ser publicado proximamente. Apoio na preparação da Proposta para uma Rede Nacional de Pesquisa Agropecuária”, dentre outros documentos técnicos preparados no contexto da consultoria. Tem também publicado vários artigos técnicos e crônicas da vida real em jornais e redes sociais.