Pragas

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Mirtes Teresa Correia de Mello - Consultora autônoma

Luiz Antonio Benincá de Salles - Consultor autônomo

Luis Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado

 

Grafolita - Grapholita molesta

Os adultos da grafolita são pequenas mariposas de cor cinza escura, com distintas manchas escuras nas asas, medindo de 6 a 7 mm de comprimento. As lagartas, quando jovens (cerca de 4 mm de comprimento), são de cor branco-creme a levemente amarelada. Quando bem desenvolvidas (cerca de 14 mm de comprimento) adquirem cor branco-rosada.

A cabeça é bem distinta e escura. As lagartas penetram no fruto, próximo à cavidade peduncular, perfurando uma galeria em direção ao seu centro. O controle consiste principalmente na interrupção do desenvolvimento de futuras gerações, evitando-se posterior investida aos frutos.  A armadilha usada para a captura da mosca-da-fruta também aprisiona o adulto da grafolita.  Porém, é importante saber distinguir a mariposa. Ela fica, normalmente, na superfície do suco na armadilha, com as asas abertas. A cor das asas, geralmente, é cinza-escura, passando a cinza-clara, quando perdem as escamas. 


Mosca-das frutas - Anastrepha fraterculus

A mosca-das-frutas é de cor amarelada, corpo amarelo mais escuro e asas transparentes, com manchas escuras de desenho característico. A larva varia da cor branca a branco-amarelada e possui corpo liso, sem pernas, não se distinguindo claramente a cabeça, que fica na parte fina do corpo. As larvas, quando totalmente desenvolvidas, medem cerca de 7 a 9 mm de comprimento.

O dano causado ocorre exclusivamente no fruto. A larva forma galerias que, posteriormente, se transformam em uma área úmida, em decomposição. Algumas medidas, a seguir relacionadas, podem ser tomadas fora e dentro do pomar como forma de auxílio no controle da mosca das  frutas:


- Eliminar plantas silvestres que sejam, constantemente, infestadas pela mosca
- Usar isca tóxica e/ou armadilha nas plantas silvestres infestadas
- Retirar os frutos temporões. Nunca deixá-los amadurecer na planta, pois serão atacados pela mosca e constituirão foco de infestação
- Eliminar do pomar os frutos caídos ou refugados e enterrar cerca de 20 a 30 centímetros de profundidade. 


Escolito - Scolytus rugulosus

Existem várias espécies de coleobrocas que atacam plantas frutíferas, além do Scolytus rugulosus. Os adultos são pequenos besouros (2,0 a 2,5 mm de comprimento) de coloração marrom-escura a preta, com as pernas e as antenas marrons. Os machos são menores do que as fêmeas. Plantas de ameixeira, durante o ataque inicial do inseto, mostram desuniformidade de brotação e floração.

Estes sintomas evoluem para a morte de ramos e, consequentemente, morte da planta. O controle tardio é extremamente difícil devido ao hábito de ataque, multiplicação e, sobretudo, pelo desconhecimento das características de comportamento e ciclo de vida da praga. O controle através da remoção de ramos atacados pode ser uma ajuda importante para evitar a disseminação da praga no pomar. Os resíduos da poda e partes atacadas devem ser queimados, pois, de outro modo, podem servir como foco de multiplicação de escolitos.

A eficiência do controle químico depende da forma de aplicação. Para se matar o inseto, o inseticida (piretroides, fosforados) tem que penetrar no orifício em quantidade razoável. Isso é possível através de injeção dirigida no orifício ou pincelamento do tronco e ramos mais grossos.