Peixes

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Daniela Ferraz Bacconi Campeche - Embrapa Semiárido

 

Poucos são os estudos que tratam especificamente do levantamento das espécies de peixes endêmicas da Caatinga. Até o momento, das 145 espécies catalogadas, nove foram introduzidas, e provavelmente 136 são endêmicas. Pode-se relatar como as principais espécies de importância social e econômica, o surubim (Pseudoplatystoma corruscans), o curimatã (Prochilodus sp.), o piau (Leporinus sp.), o dourado (Salmius franciscanus) e o pacamã (Lophiosilurus alexandri) (www.fisbase.org). A importância social dessas espécies está relacionada ao hábito alimentar das populações ribeirinhas dos rios existentes nesta região. A econômica, por sua vez, está vinculada à comercialização dessas espécies nos mercados locais da região.

As espécies surubim, dourado e pacamã são caracterizadas por serem carnívoras. O pacamã e o surubim são considerados como espécies “de couro” enquanto que o dourado, curimatã e piau, como espécies de escamas e de valor comercial um pouco menor.
 

                
 
   Figura 1: surubim (Pseudoplatystoma corruscans      Figura 2: curimatã (Prochilodus sp.)
 
                   
 
    Figura 3: dourado (Salmius franciscanus)         Figura 4:pacamã (Lophiosilurus alexandri)
 Fonte : www.fishbase.org
 
      
O manejo destas espécies nos rios da Caatinga é praticamente inexistente. Trabalhos de conservação são realizados em estações de piscicultura pertencentes aos governos federal ou estaduais, com a intenção de realizar repovoamentos nos rios. A técnica de reprodução das espécies citadas já é dominada nas instituições que atuam na região. Com a intenção de se trabalhar com o mesmo estoque genético existente dos rios, os reprodutores utilizados são adquiridos nos próprios rios locais.