03/03/16 |   Estudos socioeconômicos e ambientais

Tecnologias de saneamento rural são apresentadas na Câmara dos Deputados

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Foto: Paula Laport

Paula Laport - Ladislau Martin Neto explicou que a adoção dessa tecnologia evita o uso da fossa negra, que pode causar contaminação de solo e de água.

Ladislau Martin Neto explicou que a adoção dessa tecnologia evita o uso da fossa negra, que pode causar contaminação de solo e de água.

O diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin, apresentou na Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira (2) a fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa como tecnologias que podem ser facilmente adotadas na área rural e, assim, melhorar o saneamento básico no País.

A apresentação aconteceu durante um debate organizado pela Frente Parlamentar Ambientalista para discutir formas de mobilizar a sociedade na Campanha da Fraternidade 2016, que este ano tem por tema "Casa Comum, Nossa Responsabilidade" e pede a universalização do saneamento e o fim de rios mortos e de praias contaminadas no Brasil.

Martin Neto explicou que, apesar de existir um desafio grande para o País, uma vez que cerca de 30 milhões de pessoas estão na zona rural, "essas duas tecnologias estão validadas e disponíveis e devem ter o uso ampliado". Segundo dados publicados em 2010 nos Indicadores de Desenvolvimento Social (IDS) do IBGE, no ano de 2008 apenas 24,1% das casas nas zonas rurais possuíam rede de esgoto ou fossa séptica, o que demonstra o grande potencial desses produtos.

Até o momento foram instaladas dez mil unidades dessas fossas em todo o País. "A adoção dessa tecnologia evita o uso da fossa negra, que é um problema sério de contaminação de solo e de água e de veiculação de doenças no meio rural", alertou o diretor. Segundo ele, o custo para uma família de até cinco pessoas varia de região para região, mas está abaixo de R$ 2 mil. A fossa séptica biodigestora possui um sistema simples para construção e manutenção, que trata o esgoto sanitário (fezes e urina) e produz efluente que pode ser usado como fertilizante de alta qualidade na agricultura.

Já o clorador da Embrapa é um equipamento simples e eficiente para clorar a água nas propriedades rurais e evitar doenças comuns como diarreia, hepatite, tifo e salmonelose. O clorador de água pode ser montado pelo próprio usuário e a um custo muito baixo, por cerca de R$ 50. Com o uso do clorador, em uma hora a água fica isenta de germes e pronta para ser consumida.

O debate, organizado também pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), contou com a participação de vários parlamentares, entre deputados e senadores, além de representantes de ONGs e outros organismos ligados a questões sociais e ambientais.

Rose Lane César (MTb 2978/13/74/DF)
Secretaria de Comunicação da Embrapa - Secom

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