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Seminário discute agricultura e degradação do solo no semiárido sergipano

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Foto: Agência de Notícias - Embrapa

Agência de Notícias - Embrapa - Seminário discute agricultura e degradação do solo no semiárido sergipano

Seminário discute agricultura e degradação do solo no semiárido sergipano

A Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (AEASE) promoveu na segunda-feira (14), em parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), o seminário ‘Intensificação agrícola no território do Alto Sertão Sergipano como fator de degradação do solo'.

Engenheiros agrônomos, especialistas em agricultura e solo, pesquisadores e gestores de políticas públicas, além de estudantes de técnicas e ciências agrárias, se reuniram para discutir como e quanto a intensificação dos plantios no Alto Sertão Sergipano tem contribuído para a erosão e danos ao solo.

Um dos principais objetivos foi apresentar e debater sobre alternativas tecnológicas disponíveis, além de eventuais propostas de ações e políticas públicas para práticas agropecuárias mais sustentáveis, com foco Alto Sertão, que apresenta maiores riscos de desertificação.

Mais de 200 participantes compareceram ao evento que foi aberto pelo presidente da AEASE, Naum de Araújo, e teve presença de diversas autoridades estaduais e federais, como o secretário de Estado da Agricultura, José Macedo Sobral e o chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Edson Digo Tavares, além de dirigentes de órgãos federais e estaduais ligados ao desenvolvimento agropecuário sustentável.

Palestras com enfoque científico traçaram um diagnóstico do grau de aridez no Semiárido Nordestino e apresentaram soluções tecnológicas que podem contribuir para reduzir danos decorrentes da atividade agropecuária ao solo da região.

Apresentações

Os pesquisadores da Embrapa Semiárido (Petrolina, PE), Marcos Antônio Drumond e Iêdo Bezerra de Sá, abriram os trabalhos. Iêdo apresentou resultados de estudos geotecnológicos e levantamentos que retratam o estágio de degradação do solo e níveis de desertificação no Semiárido nordestino e no recorte de Sergipe. Drumond propôs soluções importantes para a sustentabilidade da agricultura na região, como os sistemas integrados de produção, o plantio em consórcio e a implantação de barragens subterrâneas e barreiros.

Inácio de barros, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, falou sobre os efeitos do sistema de plantio de milho nas perdas de solo e água, abordando os diversos tipos de erosão e as principais causas da degradação do solo. Um dado preocupante apresentado por ele foi o superpastejo – excesso de criação de gado com pastagem como a maior causa, respondendo por 35%.

O pesquisador Edson Patto, também da Embrapa Tabuleiros Costeiros, apresentou as características técnicas e as vantagens de se fazer o plantio direto na palha do milho, o processo de semeadura em solo não revolvido. A redução da erosão do solo e a preservação de suas qualidades físicas, químicas e biológicas, além do baixo custo, estão entre as grandes vantagens.

As apresentações seguiram com o ex-pequisador da Embrapa e produtor ecológico de leite no Semiárido, Orlando Monteiro , que abordou sistemas alternativos de produção integrada - agricultura x pecuária, e o Professor da Escola de Agronomia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Luciano da Silva Souza, que tratou de práticas de conservação de solos, viáveis para a agricultura familiar no Alto Sertão.

Opiniões

O estudante do Instituto Federal de Sergipe – Campus Nossa Senhora da Glória, Carlos André de Aragão, tirou bastante proveito do seminário para seu aprendizado. "Foi uma grande oportunidade para consolidarmos os conhecimentos vistos em sala de aula. Mas, por outro lado, percebemos que há ainda uma grande carência de informações e estudos específicos sobre o semiárido", afirmou.

Para o coordenador regional da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para o Alto e Médio Sertão, Ariosvaldo Bomfim, o seminário foi muito importante para que os técnicos consigam assimilar e colocar em prática as inovações tecnológicas desenvolvidas pela pesquisa.

Naum de Araújo acredita que os resultados do seminário superaram todas as expectativas, tanto em qualidade técnica quanto no grande comparecimento do público. "O próximo passo agora será organizar as ideias e proposições apresentadas aqui e subsidiar os órgãos públicos de desenvolvimento agropecuário e os bancos para contribuir na formulação de políticas públicas e linhas de crédito", declarou.

Veja as fotos do seminário na rede social Flickr, clicando aqui.

Texto e Fotos: Saulo Coelho - Jornalista (MTb/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
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