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Inteligência territorial pode contribuir para convivência com a seca

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Foto: Agência de Notícias - Embrapa

Agência de Notícias - Embrapa - Inteligência territorial pode contribuir para convivência com a seca

Inteligência territorial pode contribuir para convivência com a seca

A geração de uma estratégia de desenvolvimento para o Nordeste, em especial para o Semiárido. Este é o desafio das autoridades brasileiras para superar os problemas recorrentes enfrentados pela região, sobretudo a seca. A avaliação é do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que, nesta quarta-feira (10/07), participou de reunião promovida pela bancada do Nordeste na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Segundo ele, o Semiárido brasileiro possui características únicas, que o diferenciam de outros locais similares do mundo. Por isso, defendeu que a necessidade de um olhar mais cuidadoso sobre essa região, no qual a tecnologia é apenas um dos aspectos a serem levados em conta.

O encontro contou com a presença de 24 deputados. O convite à Embrapa foi feito após o lançamento do Plano Safra Semiárido e serviu para que o presidente apresentasse o conceito de inteligência territorial. "Trata-se de entender melhor o território. Os solos, o clima, o relevo e a oferta ambiental, do ponto de vista da biodiversidade que existe na região", disse.

Para ele, é necessário integrar o conhecimento que o Brasil gerou sobre o Nordeste para subsidiar políticas públicas, crédito e assistência técnica. Maurício Lopes citou como exemplos as informações do zoneamento agroecológico da região e do mapeamento do regime de chuvas, realizado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). "As instituições de pesquisa brasileiras sabem muito sobre o Nordeste e o Semiárido. É preciso saber extrair informação e conhecimento das bases poderosas de informações que o País tem para fazer um planejamento dessa região de maneira mais inteligente e consequente."

Segundo o presidente da Embrapa, essa visão de gestão territorial deve orientar a produção de uma maneira mais precisa para minimizar o impacto de catástrofes como a seca que ocorre este ano. "É extremamente importante promover o zoneamento da região e definir as atividades que fazem sentido, em função da oferta ambiental desses lugares", salientou.

De acordo com Maurício Lopes, do ponto de vista tecnológico, é necessário modelar sistemas amplos, que garantam a sustentabilidade aos agricultores e, para isso, a criação da Anater (Agência Nacional de Extensão Rural) será de grande contribuição. "A Anater vai nos beneficiar porque nós não temos pernas para resolver as demandas de assistência técnica". Além disso, ele defendeu o trabalho com cadeias de valor, integrando ações de mercado e políticas públicas para promover o desenvolvimento de setores de interesse.

Marcos Esteves - 4505/14/45/DF
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