O vice-presidente Marco Maciel e o ministro da Ciência e Tecnologia, José Israel Vargas, instalaram no dia 19 de junho, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). A comissão vai fiscalizar o desenvolvimento de pesquisas genéticas e fazer análise de risco de todas as atividades relacionadas à manutenção, uso e comercialização de organismos geneticamente modificados (transgênicos) através da engenharia genética. A comissão terá a responsabilidade de autorizar o trabalho em engenharia genética por causas dos riscos existentes para o homem, animais e espécies silvestres.

O trabalho da CTNBio vai permitir, por exemplo, o desenvolvimento no Brasil de medicamentos e vacinas a partir de manipulação genética de animais. No caso agrícola, será possível criar variedades mais resistentes e produtivas que as atuais. Hoje, já existem na fila novas variedades de soja, milho batata e cana de açúcar prontas para serem analisadas pelo Comitê.

O Comitê é composto de 36 membros e a Embrapa é a instituição com maior número de representantes. São quatro e mais a secretária-executiva, Eliana Fontes. O Comitê vai atuar a partir da Lei de Biossegurança, sancionada pelo Governo em dezembro último. A lei regulamenta as atividades de engenharia genética no Brasil, como já ocorre em vários países. Eliana Fontes diz que «O CTNBio vai garantir o avanço da biotecnologia no país de forma correta e responsável».