Pupu, cacao branco, copoasú ou cupuaçu, não importa o nome, esta fruta amazônica tem uma polpa cremosa que é uma delícia. Cientificamente conhecido como Theobroma Grandiflorum, possui casca marron e dura, e varia de 15 a 25 cm. Originário da Amazônia, com grande incidência nos estados do Pará e Maranhão ele pode ser encontrado ocasionalmente em países como o Equador, Colômbia, Costa Rica e Ghana, na Africa Ocidental.

A polpa e o caroço são as partes consumíveis. Com a polpa, muito rica em proteínas, carbohidratos, fibras e enzimas, se preparam sucos, refrescos, cremes, compotas, doces, sorvetes, biscoitos, licores e yogurtes. A semente é utilizada na produção do cupulate (chocolate feito do caroço da fruta).

Cultura permanente - são conhecidas plantas com mais de 80 anos, ainda produzindo frutos - o cupuaçu tem seu período de produção de outubro a abril, atingindo o máximo nos meses de janeiro, fevereiro e março. Na Amazônia são encontradas três variedades da fruta: o cupuaçu-redondo, o mais comum na Região, possui extremidades arredondadas, casca com 6 a 7 mm de espessura e peso médio de 1,5kg. O cupuaçu-mamona, com extremidades alongadas, casca mais grossa, produz frutos de 2,5kg que podem atingir até 4 kg. E, o cupuaçu-sem-semente, cujo fruto tem a forma arredondada.

A pesquisa no Acre

A Embrapa Acre desenvolve algumas linhas de pesquisa com o cupuaçu, destacando-se alguns trabalhos como a obtenção de plantas matrizes em populações locais de cupuaçuzeiros; o efeito de espécies leguminosas sobre o aumento da sustentabilidade de sistemas agroflorestais; a caracterização de seleção de plantas matrizes; o estudo da cadeia produtiva no Estado do Acre; a conservação de polpa de cupuaçu para estocagem a temperatura ambiente após processamento térmico; a otimização do processo de beneficiamento mecânico da polpa do cupuaçu; o estudo da fenologia da cultura do cupuaçuzeiro; e, a avaliação da extensão vegetativa, por estaquia.

No estado do Acre o cupuaçu é cultivado principalmente nos municípios de Acrelândia, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Xapuri e Brasiléia. Em Vila Nova Califórnia, a Embrapa desenvolve o Projeto de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado - RECA e, em Vila Extrema, a Associação dos Produtores Rurais Vencedora - Aspruve, em área recentemente incorporada ao estado de Rondônia, existem 9576 hectares (cerca de 170 mil pés) consorciados com a pupunha e a castanha-do-brasil.

A produção do estado do Acre está estimada em 402 toneladas para a safra de 96/97. Até o ano 2000, estima-se algo em torno de 543 toneladas. O preço médio da fruta é de R$0,68 e a polpa custa R$3,00 o quilo.