Para o conhecimento da digestibilidade dos alimentos, o meio mais adequado é a determinação dos nutrientes digeríveis diretamente no animal. Cláudio Bellaver, PhD em Nutrição Animal, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia-SC, explica que para saber-se a digestibilidade dos aminoácidos em suínos, usa-se a coleta de digesta do íleo (parte final do intestino delgado) e no caso de aves, coleta-se a excreta de galos cecotomizados (sem o saco cecal). Segundo o pesquisador esses procedimentos são bem descritos na literatura, entretanto - considerou - "os métodos in vivo, embora apresentem vantagens de confiabilidade e repetibilidade, são caros e demorados". Por esse motivo, muitos pesquisadores brasileiros e estrangeiros estão desenvolvendo trabalhos para viabilizar procedimentos in vitro que possibilitem estimar o valor nutritivo dos ingredientes.

Um desses trabalhos é o método que prediz o valor protéico através da solubilidade das proteínas de origem animal em pepsina. De acordo com Bellaver, a utilização desse método no Laboratório de Nutrição da Embrapa Suínos e Aves confirmou que a concentração de 0,0002% é mais indicada do que concentrações maiores para melhor identificar um "ranking" de qualidade protéica. Esse método guarda uma boa correlação com aqueles que se utilizam de valores in vivo, é de rápida execução, de menor custo e, além disso, é bem aceito entre os laboratórios das fábricas de ração animal.

A utilização detalhada desse procedimento será apresentada por Bellaver em maio, durante a Conferência Apinco/98, na cidade de Campinas, SP.

Laboratórios interessados em informações adicionais podem contatar a Embrapa Suínos e Aves.

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