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Investimentos na busca de soluções para o agronegócio

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, completa 26 anos em 26 de abril de 1999. A Embrapa foi criada para substituir o Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuária – DNPEA, do então Ministério da Agricultura, com a tarefa de reformular o sistema nacional de pesquisa agropecuária.

A Empresa investe, desde 1973 na busca de soluções para todo o complexo agropecuário e florestal. Isso envolve a produção dentro da fazenda, mas inclui o processamento e transporte de produtos, preservação dos ecossistemas, desenvolvimento de equipamentos, softwares e de sistemas de gerenciamento, monitoramento por satélites, edição de publicações e vídeos.

Para chegar a ser uma das maiores instituições de pesquisa do mundo tropical, a Embrapa investiu em recursos humanos. Treinou mais de dois mil pesquisadores, criou programas de capacitação permanente e forneceu meios para a busca das soluções necessárias para o desenvolvimento sustentável do complexo agropecuário brasileiro. Este setor, área de atuação da Embrapa, movimenta cerca de 40% do PIB, cerca de US$ 310 bilhões, envolvendo 17 milhões de empregos.

Hoje a Embrapa possui uma equipe de 8.545 empregados da qual fazem parte 2.046 pesquisadores (52% com mestrado e 43% com doutorado). A Empresa também estruturou uma rede de 39 unidades distribuídas por todo Brasil onde laboratórios, bancos de germoplasma, mini-fábricas, áreas experimentais, bibliotecas e herbários fazem parte da infra-estrutura de geração e disseminação de informações.

A Embrapa contabiliza a participação em muitas das maiores conquistas agrícolas alcançadas pelo País. E a Empresa gerou milhares de tecnologias incorporadas aos sistemas de produção de centenas de produtos.

As variedades lançadas pela Embrapa e em parceria com outras instituições, permitiram que o Brasil passasse a ser o segundo maior produtor mundial de soja, que a produtividade do arroz de várzea aumentasse em 30% no Rio Grande do Sul e em 70% na região Sudeste, e que surgissem variedades de feijão resistentes às principais doenças.

A produção brasileira de grãos teve uma evolução extraordinária. A soja cresceu 360%, o milho 128%, o trigo 49%, o arroz e o feijão 27%. Mais que isso, houve redução na área de plantio de trigo e arroz, o que significa maior produtividade das lavouras. E o esforço resultou em padrões de qualidade que fizeram com que os principais produtos agrícolas nacionais tivessem competitividade no mercado internacional.

Mas a pesquisa agropecuária não apenas aumentou a produtividade e contribuiu para a expansão da fronteira agrícola do País. Tornou sonhos realidade, oferecendo novas oportunidades no campo e vida melhor nas cidades. É possível plantar soja no cerrado; dezenas de pragas das lavouras desapareceram; o Semi-Árido exporta frutas; o trigo brasileiro é tão bom quanto os melhores do mundo; inúmeras variedades de alimentos mais saborosos, mais baratos e com menos necessidade de uso de agrotóxico são lançadas a cada ano; lavouras são mais produtivas com custos menores; equipamentos nacionais substituem importados e aumentam a rentabilidade; softwares agilizam a administração; alternativas para explorar florestas sem devastar passam a fazer parte da rotina; raças são salvas da extinção e o monitoramento evita danos ao meio ambiente.

A Embrapa gerou, em 1997, um lucro social de R$ 1.974 milhões, equivalente a 3,66 vezes a sua receita operacional líquida e a 7,80 vezes a sua folha de pagamento bruta. Suas tecnologias têm permitido a substituição de fertilizantes químicos por processos biológicos e a substituição de agrotóxicos por métodos de controle natural. Apenas uma tecnologia, a fixação biológica do nitrogênio atmosférico por bactérias diazotróficas na soja, traz uma economia de R$ 1,276 bilhão a cada ano.

Educação e Capacitação profissional

Para fazer com que as tecnologias cheguem ao campo, a Embrapa utiliza diversas estratégias. No ano de 1997, a Embrapa ofereceu 20.293 horas de cursos e treinou 50.261 pessoas, em cursos, workshops e palestras de pesquisadores, incluindo o apoio ao Plano de Safra do Ministério da Agricultura e do Abastecimento. A Empresa participou de 436 exposições e feiras, realizou 907 dias de campo, 7.634 palestras e 2.432 unidades demonstrativas. Atendeu a 54.130 consultas técnicas e distribuiu gratuitamente 104.380 amostras de produtos de pesquisa, em todo o território nacional.

Foi ampliada a oferta de instrumentos de transferência de tecnologia, tais como livros, vídeos, e CD-Roms. Em 1997, foram investidos R$ 973 mil na produção de 50 títulos de vídeos e de 126 títulos de publicações e vendidas 171,3 mil exemplares de publicações técnicas e mais de duas mil cópias de vídeos. Com o patrocínio da Antarctica, foi lançado o livro "Fruteiras da Amazônia", que recebeu o Prêmio Jabuti 1998, na categoria Ciências Naturais e Medicina.

O Sistema "Treino&Visita" de Transferência de Tecnologia foi desenvolvido com um investimento de R$ 110 mil. Com ele, foram treinados 238 especialistas da extensão rural que, em contato constante com os pesquisadores, reciclaram e transferiram tecnologias para 2.874 produtores rurais do Paraná e do Norte de Santa Catarina.

Todo esse esforço em gerar e disseminar tecnologia faz com que a instituição seja reconhecida internacionalmente pela qualidade de seu trabalho. A Embrapa mantém 3.844 convênios com instituições brasileiras e cooperação com 155 instituições de 56 países, exporta tecnologias e tem o maior volume de conhecimento sobre agricultura tropical do mundo. Apenas em 1997, a Embrapa lançou cem novos cultivares e 265 práticas e processos agropecuários, realizou monitoramento e zoneamento de 436 microrregiões produtivas e desenvolveu 212 novas metodologias científicas.

O presidente da Embrapa, Alberto Duque Portugal explica que "a Embrapa não trabalha sozinha. Ela atua fortemente com parcerias". Cita como exemplos atividades conjuntas com empresas privadas, órgãos públicos, cooperativas, sindicatos, extensão rural, associações e instituições de pesquisa do Brasil e exterior. Essas parcerias envolvem repasse de tecnologias, consultorias, financiamento de projetos, intercâmbio de informações e também desenvolvimento de pesquisas conjuntas e atuação coletiva em áreas estratégicas. Elas ainda ajudam a evolução da Embrapa "ao permitir o aumento do poder de influência da sociedade em seu destino e garantir novas fontes de financiamento da pesquisa".

Alberto Duque Portugal diz que as atividades desenvolvidas pela pesquisa "trazem resultados que fazem parte do dia-a-dia de cada brasileiro, muitas vezes de maneira imperceptível. Elas ajudam a aumentar a produção no campo, a reduzir custos, dão mais qualidade aos produtos, melhoram a qualidade de vida, modernizam os sistemas de produção e criam alternativas para pequenos agricultores".

Mais informações: Assessoria de Comunicação Social Telefone: (61) 348 4379 Fax: (61) 347 4860 Email: Assessoria de Comunicação Social  

Tema: A Embrapa\Aniversário 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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