Os Estados Unidos estão retomando as suas atividades de cooperação científica com o Brasil. Para discutir formas de ampliar essa cooperação em pesquisa agropecuária, vinte pesquisadores da Embrapa e do Grean, Global Research on the Agricultural and Environmental Nexus, um consórcio de 22 universidades norte-americanas mais a National Association of State Universities and Land Grant Colleges, realizaram um workshop, de 1 a 3 de outubro, em Brasília. A principal discussão foi sobre o estabelecimento de parcerias em pesquisas. O objetivo é apresentar, no próximo ano, pelo menos vinte projetos conjuntos de pesquisa para organismos de financiamento internacionais.

Foram definidas as seguintes áreas de interesse comum:

Prioridade 1; Políticas para agricultura sustentável e manejo sustentável (incluindo o comércio), Degradação do meio ambiente (grau de degradação, recuperação e avaliação de impactos ambientais), Tecnologia de ponta (agricultura de precisão, biotecnologia e conservação de tecidos), Produção agrícola (alimentos, nutrição e saúde).

Prioridade 2; avaliação de impactos ambientais, sistemas agrícolas, manejo de água.

Segundo o diretor executivo do consórcio, Nicholas Comerford, os cortes orçamentários realizados pelos Governos anteriores prejudicaram bastante os esforços das Universidades dos Estados Unidos para desenvolver pesquisas cooperativas com os outros países. Comerford disse que o workshop é uma oportunidade para conhecer as expectativas em cada país e ampliar o conhecimento dos dois lados sobre capacidades e interesses de pesquisa.

As 22 Instituições de Ensino Superior que compõem o Grean reúnem 3 mil pesquisadores. A proposta de parceria, coloca à disposição da Embrapa estes pesquisadores para consultorias de curta-duração e para a preparação de projetos conjuntos de pesquisa. O objetivo é estabelecer um canal de discussão e projetos conjuntos nos mais diversos campos da ciência.

O diretor-presidente da Embrapa, Alberto Portugal, diz que a Embrapa tem interesse em explorar todas as possibilidades para ampliar a co-operação com a comunidade científica interna-cional, em geral, e com a dos Estados Unidos, em particular. Até o final do ano, deverão ser realizadas mais 12 visitas. O objetivo para 1999 será estabelecer grupos de trabalho nas quatro áreas prioritárias.

Também participaram do evento os secretários executivos do Procisur, Roberto Bocchetto, e do Procitrópicos, Waldo Espinoza.