01/09/98 |

Pesquisadores e ambientalistas discutem pimenta longa

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A Embrapa Acre, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Acre - Faeac, Federação das Indústrias do Estado do Acre - Fieac, Delegacia Federal do Ministério da Agricultura do Acre e Sebrae/AC promovem, nesta quinta-feira, dia 22 de outubro, no auditório do Sebrae, reunião temática sobre "Estratégias para a agroindustrialização da Pimenta Longa para a Produção de Safrol no Acre.

O objetivo do encontro é apresentar as tecnologias para o cultivo e industrialização da pimenta longa no Acre. Um dos temas são os custos de produção, industrialização da pimenta longa e as perspectivas do mercado nacional e internacional para o safrol. Os organizadores pretendem, ainda, identificar grupos de pequenos e médios produtores interessados em investir na implantação de pólos de produção e industrialização da pimenta longa no Acre.

O Brasil já foi o maior produtor mundial de safrol, que era extraído da canela sassafrás, no Estado de Santa Catarina. Em 1991 o Ibama proibiu o corte do sassafrás, pelo risco de extinção. De maior exportador passamos a importador do produto.

A oferta mundial de safrol é de 2.000 t, sendo a China e o Vietnam seus principais fornecedores. Eles extraem o óleo a partir de espécies de Cinnamomum camphora, num processo destrutivo, uma vez que a matéria-prima é a madeira.

Na pimenta longa, o óleo essencial concentra-se nos galhos finos e folhas o que permite a extração sem destruir a planta. Em cultivos racionais, aproximadamente seis meses após o plantio é possível realizar o primeiro corte. Seis meses depois ela já está apta para novo corte. Estima-se que é possível realizar dois cortes/ano, obtendo-se uma produtividade de 250 litros do óleo/ha, cujo valor comercial é de U$6,00/litro.

A ocorrência natural da pimenta longa no Acre, poderá se constituir em uma alternativa econômica promissora para o Estado, podendo ser cultivada por colonos ou manejada adequadamente em seu habitat natural por populações de seringueiros.

Estimativa de implantação - A demanda de produção da pimenta longa por hectare pode chegar a resultados bastante rentáveis para os agricultores. No primeiro ano de implantação em uma área total de 500 ha a perspectiva de uma renda bruta de R$ 759 mil; já no segundo ano, ampliando a produção para uma área de 1.500 há o rendimento chega a R$ 2.277 mil. No quinto ano de produção consecutiva a produção poderá chegar a uma área total de 12.000 ha, trazendo um rendimento aproximado de R$ 18.216 mil, gerando 3.077 empregos diretos na agricultura e 800 na indústria.

Mais informações: Embrapa Acre Tel.: (068) 224 3932 Fax: (068) 224 4035  

Tema: Sistemas de Produção\Agrofloresta 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/