01/10/98 |

Produtor gaúcho avalia uso de serraria portátil

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O equipamento utiliza tecnologia de ponta e será testado em áreas de reflorestamento. O projeto oferece alternativas de aproveitamento da serragem
A Embrapa Florestas e a Cooperativa Tritícola de Erechim, localizada no Rio Grande do Sul (Cotrel) estão dando inicio a um pesquisa conjunta que vai estudar a viabilidade da industrialização da madeira em pequenas propriedades rurais. O objetivo é comprovar que serrar a madeira na propriedade, com a utilização dos resíduos desse processo em novas alternativas de produção, aumenta a renda do produtor rural.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Florestas, Erich Schaitza, que integra a coordenação do projeto, a Cotrel comprou e doou a Embrapa Florestas uma serraria portátil, com capacidade de serrar até 17 metros cúbicos/dia. Uma serraria destas pode transformar uma renda de R$ 300,00/dia de toras em R$ 1.500,00 com tábuas e resíduos.

A serraria é importada e possui características tecnológicas avançadas para o mercado brasileiro: Tem suas próprias rodas pois já vem montada em uma carreta. Dessa forma é só engatá-la em uma camioneta e deslocá-la até a floresta. Além disso, trabalha com uma fita de serra muito fina, o que reduz a perda ma forma de serragem e é totalmente controlada por um sistema hidráulico. Dessa forma, uma equipe de duas pessoas treinadas consegue operá-la tranqüilamente.

Esse estudo começa a ser desenvolvido por uma equipe integrada realiza a análise econômica do negócio e vai apresentar dados que devem determinar se o investimento é viável para um pequeno produtor ou um grupo: vai definir alternativas para a transferencia de tecnologia para a produção do shitake (cogumelo japonês) aos produtores ligados ao projeto. Além disto, busca verificar a possibilidade de transformar a serragem gerada em compostos para uso como substrato de plantas ou adubo, bem como, propor que se estabeleça formas de auxiliar a fabricação de carvão em pequena escala.

"A vantagem de um sistema deste é que não há transporte de toras. Quem vai para a floresta é a serraria. Com isto, o produtor pode ser beneficiado ficando com a parte do dinheiro que seria gasto em transporte", explica Schaitza. Essa serraria deve passar por várias propriedades da região de Erechim, no Alto Uruguai, de acordo com as necessidades dos proprietários.

Desse processo de corte de árvores participarão somente áreas de reflorestamento: "Na Região Sul há poucas florestas ainda com capacidade de produção comercial de madeira e os pesquisadores envolvidos no projeto acreditam que estas devem ser usadas para lazer, conservação genética, manutenção da biodiversidade, proteção de águas e do solo", alerta Erich Schaitza, especialista em tecnologia da madeira.

Mais informações: Embrapa Florestas Tel.: 041 766 1313 Fax: 041 766 1276  

Tema: Sistemas de Produção\Agrofloresta 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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