01/03/99 |

Técnicos definem novas ações para o controle da linfadenite

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A Embrapa Suínos e Aves reuniu em sua sede, em Concórdia, SC, no dia 23 de março, pesquisadores da Empresa e técnicos do Sindicato das Indústrias de Carne do Estado de Santa Catarina-SINDICARNE, Ministério da Agricultura-MAA e da Associação Catarinense de Criadores de Suínos-ACCS para discutir o desenvolvimento e a padronização de técnicas de controle da "linfadenite tuberculóide dos suínos", doença que causa significativos prejuizos na linha de abate.

A linfadenite tuberculóide dos suínos, também conhecida por "linfadenite", é causada por micobactérias atípicas, principalmente aquelas pertencentes ao complexo Mycobacterium-avium-intracellulare (MAI). Segundo o pesquisador Nelson Mores da Embrapa Suínos e Aves, "a doença é de evolução crônica, não afeta o desenvolvimento dos suínos, mas provoca lesões de necrose caseosa com calcificação, envolvendo predominantemente os linfonodos da cabeça e intestino". Essas lesões, geralmente são detectadas pelo Serviço de Inspeção no momento do abate e podem ser motivo de condenação ou destino condicionado das carcaças, trazendo prejuízos tanto para o produtor como para a indústria.

As possíveis fontes de infecção, por micobactérias atípicas, podem estar:

na água bebida; em aves domésticas ou selvagens com acesso às instalações dos suínos, à fábrica de ração e ao depósito de maravalha ou serragem usadas como cama; na serragem ou maravalha usadas como cama para os suínos; em suínos infectados introduzidos no rebanho; em alimento contaminado, especialmente quando sobras de ração de aves são fornecidas aos suínos; no solo contaminado.

Mores explicou que depois da contaminação dos suínos – que ocorre por via oral – as micobactérias invadem os linfonodos do trato digestivo, onde se multiplicam e desenvolvem as lesões qu em geral ficam limitadas a esses linfonodos. Infectados, os suínos eliminam as micobactérias pelas fezes, com maior intensidade entre 35 e 42 dias após a infecção, contaminando o ambiente e servindo de fonte de infecção a outros animais.

As micobactérias são extremamente resistentes ao álcool, aos ácidos, à dissecação e a muitos desinfetantes, podendo sobreviver por vários meses nas instalações e por anos no solo. "Entretanto, esclareceu Mores, são destruidas pelo calor a 65,6°C por 10 minutos". Os desinfetantes com maior ação microbicida sobre essas bactérias são aqueles a base de hipoclorito de sódio, aldeídos e fenóis.

Durante a reunião serão apresentados os resultados e avanços conseguidos e também deverão ser definidas as futuras ações que envolvem a cooperação técnica firmada entre essas instituições.

Mais informações: Embrapa Suínos e Aves Tel.: (049) 442 8555 Fax: (049) 442 8559  

Tema: Produtos Agropecuários\Pequenos Animais\Suínos 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/