01/06/99 |

Projeto desenvolve 11 assentamentos do MS

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Pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) e técnicos da Empaer-MS estão desenvolvendo um trabalho conjunto para melhorar o nível de produção e a qualidade de vida das famílias de 11 assentamentos de cinco municípios do Mato Grosso do Sul por meio de desenvolvimento social e tecnológico.

O projeto começou a ser implantado no ano passado, quando foi feito diagnóstico dos assentamentos, que permitirá que as ações sejam estabelecidas no início da próxima safra. Para desenvolver o projeto, pesquisadores e técnicos escolheram por amostragem 11 dos 79 assentamentos do Estado. "Em caráter experimental, selecionamos os que têm características médias, que representam a realidade de todo o Mato Grosso do Sul", justifica Fernando Lamas, um dos pesquisadores envolvidos nos trabalhos.

Os principais problemas detectados foram degradação dos solos, produtos básicos para alimentação das famílias assentadas cultivados em escala insuficiente, tecnologias já disponíveis não são adotadas, máquinas e implementos insuficientes e inadequados para a realidade da pequena propriedade. Segundo o Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, José Ubirajara Fontoura, em parte isso se deve à grande diversidade entre os assentados, o que acaba dificultando o aperfeiçoamento social e tecnológico.

Os resultados obtidos e o estabelecimento de ações futuras começaram a ser discutidos esta semana com representantes da Empaer-MS, Incra, UFMS, Secretaria de Estado de Produção e Desenvolvimento Sustentável e Embrapa Agropecuária Oeste, que encabeça o projeto, a partir da realidade encontrada nos assentamentos, localizados nos municípios de Itaquiraí, Jateí, Novo Horizonte do Sul, Nioaque e Terenos. Agora as instituições pretendem levar às famílias as tecnologias já existentes, implementando a sua utilização – como novas variedades de sementes - e ajudar na adaptação dessas tecnologias

Para amenizar esses problemas a Embrapa está viabilizando novas parcerias, incluindo o governo do Estado. "Há necessidade de ações visando a conservação e correção da fertilidade dos solos, nas áreas dos assentamentos, para possibilitar a produção", frisa Ubirajara Fontoura. De acordo com ele, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), o Movimento Sem Terra (MST) e as Secretarias Municipais de Agricultura ainda devem se inserir no projeto, que vai beneficiar quase quatro mil famílias.

"Num outro momento queremos, junto com as instituições que atuam no Estado, em parceria com a Assistência Técnica, fazer pesquisas específicas que promovam o desenvolvimento dentro dos assentamentos e que possam ser estendidas para outras famílias", afirma o Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste.

Mais informações: Embrapa Agropecuária Oeste Tel.: (067) 422 5122  

Tema: Atividades Temáticas\Reforma Agrária 

Mais informações sobre o tema
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