01/06/99 |

Acre terá laboratório para análise de castanha

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O Ministério da Agricultura vai equipar um laboratório para análise da castanha-do-Brasil na Embrapa Acre. Será o segundo centro especializado na região Norte e fará parte do Programa Nacional de Controle de Micotoxinas em Produtos, Subprotudos e Derivados de Origem Vegetal. Os altos índices de contaminação, principalmente por aflatoxina, têm provocado a perda de divisas com exportações de castanha para Europa e Estados Unidos.

A aflatoxina é uma substância tóxica e cancerígena provocada pelo fungo Aspergillus flavus. A União Européia, maior importador de castanhas brasileiras, recentemente baixou regulamento estabelecendo limites máximos de tolerância de presença da toxina que variam de 0,05 partes por bilhão (ppb) a 5ppb. A Itália já devolveu uma carga inteira por constatar taxa de até 9ppb na encomenda.

O Ministério tem pressa. O laboratório estará em pleno funcionamento a partir de setembro para trabalhar a safra da região que começa em dezembro. De acordo com Joana Maria Leite de Souza, pesquisadora da Embrapa Acre, até junho de 2000 serão feitos levantamentos de dados sobre coleta, transporte, armazenamento, beneficiamento e comercialização; bem como monitoramento, acompanhamento da produção e identificação precisa dos pontos críticos de contaminação.

A etapa final prevê a elaboração de cartilhas com práticas agrícolas e monitoramento de toda a cadeia produtiva, a fim de garantir a qualidade do produto. "A presença da toxina está diretamente relacionada com as condições climáticas especialmente no período da colheita, processamento e armazenamento. Aliás, as condições de armazenamento no Brasil são as mais precárias possíveis e pode estar aí um dos principais problemas", disse Joana.

Neste programa, várias entidades estão envolvidas sob coordenação da Delegacia Federal de Agricultura. Entre elas as cooperativas de produtores de castanha de Xapuri e Brasiléia, Secretaria de Produção, Ufac, Ibama e Seater.

O Acre é o segundo maior produtor brasileiro de castanha. O primeiro é o Pará. A atividade é uma opção econômica de participação significativa na renda de pequenos produtores e extrativistas. O Ministério vai levar o programa também para os Estados do Amazonas, Amapá e Rondônia.

Mais informações: Embrapa Acre Jorn. Soraya Pereira Pesquisadora Joana Maria Leite de Souza Tel.: (068) 224 3931  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas 

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