01/08/99 |

Tecnologia ajuda a dinamizar agronegócios no Nordeste

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Sisal, mandioca, pecuária leiteria, caprino e ovinocultura. São Esses os principais ingredientes que compõem um provável cardápio para o desenvolvimento dos agronegócios mais viáveis no semi-árido nordestino. Trata-se de atividades que ao longo do tempo conseguiram se manter e garantir a subsistência de populações rurais numa região onde a idéia de sustentabilidade se confunde com a luta cotidiana pela sobrevivência.

Uma ação conjunta de governos municipais, estaduais, órgãos oficiais, ONGs e organizações de agricultores começou a ser articulada no último dia 13, quando diversos representantes desses setores se encontraram na cidade de São Domingos (BA), na região do Polígono do Sisal. "Foram divididos grupos de trabalho por atividade, envolvendo pesquisadores, extensionistas, líderes rurais e produtores, que levantaram os principais problemas e potencialidades de cada setor", conta o agrônomo Marcelo Bezerra Lima, que esteve na reunião representando a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas-BA).

"A Embrapa tem uma série de tecnologias para serem adotadas imediatamente, melhorando o desempenho das cadeias produtivas dessas atividades, desde as questões mais ligadas à pordução, até informações relevantes aos processos de pós-produção, como colheita, armazenamento e beneficiamento dos produtos agrícolas e agropecuários da região", diz Alberto Duque Portugal, que também se fez presente à reunião a convite da Secretaria de Agricultura da Bahia e dos deputados federal Aroldo Cedraz (PFL-BA) e estadual Emério Resedá (PFL-BA).

A cultura da mandioca tem uma importância econômica relevante na região, uma vez que estabeleceu-se como a melhor alternativa agrícola, principalmente nos períodos em que a estiagem se prolonga por mais tempo. Além do uso tradicional na fabricação da farinha, a mandioca pode ser aproveitada na ração animal, uma alternativa que a Embrapa vem massificando no meio rural nordestino.

"Nesse primeiro encontro foram levantados problemas como o uso de variedades e tratos culturais inadequados. E a resistência dos produtores locais à utilização de novas tecnologias", acrescenta Marcelo Bezerra. O agrônomo acredita que, com a mobilização dos agricultores, ser viável a implantação de um trabalho de pesquisa participativa, uma técnica que vem sendo utilizada pelos técnicos da Embrapa que envolve agricultores e extensionistas em experiências com variedades e manejos na cultura, para determinar a melhor maneira de desenvolvimento da cultura na região. Uma nova reunião, para detalhar a estratégia a ser tomada deverá acontecer nos próximo 60 dias.

Mais informações: Jornalista Dalmo Oliveira Tel.: (75) 721.2120 Fax: (75) 721.1118  

Tema: Ecossistema\Trópico Semi-árido 

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