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Qualidade do milho é tema de simpósio sobre nutrição de aves

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O I Simpósio Internacional sobre Nutrição de Aves foi realizado no dia 17 de novembro, na sede da Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, em Concórdia, Santa Catarina, uma promoção conjunta com a Associação Catarinense de Avicultura – Acav, reuniu pesquisadores, nutricionistas, técnicos e estudantes da área num total de 150 participantes de 07 estados do Brasil.

Um dos temas apresentados ontem à tarde pelo pesquisador Gustavo Lima da Embrapa Suínos e Aves, tratou dos "Grãos de valor agregado na produção de rações para aves". Em suas considerações, após fazer um diagnóstico da situação dos grãos no país, Lima disse que também no Brasil os nutricionistas, técnicos e dirigentes foram colocados frente à necessidade da busca de qualidade em seus produtos e, no caso da produção de grãos destinados à indústria de rações, quando os clientes – em sua maioria avicultores e suinocultores - são questionados sobre o fato de estarem satisfeitos com a qualidade do produto, ou seja dos grãos que estão empregando na alimentação dos animais, a resposta tem sido negativa.

Em diferentes trabalhos que a Embrapa Suínos e Aves, já há algum tempo, vem realizando nessa área, monitorando a qualidade do milho produzido, a sinalização é para a necessidade de se usar ingredientes com maior densidade em nutrientes, o que implica em atentar para a qualidade dos grãos, indo além da preocupação de aumento da produtividade. E nessa questão da qualidade, segundo o pesquisador, existem lacunas de entendimento. Do plantio da semente até a conversão dos grãos em carne e/ou ovos há muitos pontos que poderão ser controlados permitindo melhorias na qualidade dos grãos.

Segundo Gustavo Lima, as cadeias produtivas de aves, suínos e milho, em apresentando grandes áreas de interseção, deveriam buscar objetivos que contemplassem o crescimento conjunto dos três setores. Considerando-se que as aves e os suínos são os maiores clientes do milho, é necessário a adequação dos grãos à tal teor de qualidade que mantenha e aumente a competitividade da produção desses animais.

O pesquisador citou o caso dos Estados Unidos onde o setor de grãos com alto valor agregado tem crescido muito nesse sentido de fornecer produtos especiais que tragam maior retorno para o produtor de milho e para os produtores de aves e suínos ao mesmo tempo. "Isso, destacou Lima, gera riqueza interna e aumenta a competitividade frente ao mercado exterior".

No Brasil, afirma o pesquisador, "temos observado queda de qualidade do milho e falta de projetos que unam os setores de grãos e animais em objetivos comuns". A Embrapa Suínos e Aves tem a preocupação de melhorar a qualidade nutricional do milho seja ele produto da própria empresa ou de empresas particulares e para isso vem investindo em projetos dessa natureza com o apoio da iniciativa privada.

Encerrando sua apresentação Gustavo Lima disse que nem todo o milho que os nutricionistas têm à disposição é de qualidade inferior. Perguntou: "Se nós tipificamos nosso produto final como os suínos, por que não tipificar o milho e outros insumos?" E respondeu: "Com o uso do NIR – espectrofotometria de reflectância próxima do raio infravermelho - a tipificação de grãos do ponto de vista de qualidade nutricional não é mais utopia. Cabe aos gerentes de cooperativas e agroindústrias o emprego dessa ferramenta. Assim todos podem sair ganhando: os produtores de milho, os produtores de aves e suínos, a agricultura e a sociedade brasileira".

Mais informações: Embrapa Suínos e Aves Tel.: (49) 442-8555 Visite a home page da Embrapa Suínos e Aves: http://www.cnpsa.embrapa.br

 

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

Mais informações sobre o tema
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