Uma forte campanha envolvendo empresas privadas e instituições governamentais, incentivando os norte-americanos a incluírem na dieta alimentar pelo menos duas porções de frutas, é um dos fatores que está determinando o aumento do consumo per capita nos Estados Unidos. Em dez anos, entre 1985 e 1995, houve um acréscimo de 11% naquele país. A informação é do pesquisador da Universidade de Arkansas, James Moore, um dos palestrantes do Mercofrut - cadeia produtiva de frutas de clima temperado, seminário realizado na Embrapa Clima Temperado (vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento), em Pelotas. Moore disse que há amplo espaço para colocação de espécies produzidas nos países do Hemisfério Sul, principalmente quando se trata de frutas exóticas, chamando a atenção para o potencial do Brasil.

Segundo o pesquisador, os norte-americanos passaram a incluir em maior volume frutas e hortaliças no cardápio diário desde que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou artigo sobre Dieta e Saúde. Também constava do material uma "guia piramidal" com as três fontes básicas para alimentação humana. Na base da pirâmide estão as frutas, depois carnes e, por fim, pão. A partir disso a Sociedade Americana do Câncer, a Organização Nacional de Saúde dos Estados Unidos e a Sociedade Americana para Doenças do Coração reforçaram a idéia. A tendência dos consumidores aumentarem ainda mais o consumo de frutas poderá determinar um aumento de até 114%, caso sigam à risca as recomendações do USDA e das instituições da área de medicina.

A campanha está presente nos supermercados, mostrando as vantagens de comer frutas em todas as refeições. O material destaca quais as vitaminas e demais componentes (como fibras e sais minerais) que têm em cada espécie. "Podemos ver cartazes grandes dizendo, por exemplo, pêssegos e nectarinas são ricos em fibras ", conta James Moore.

Os norte- americanos dão preferência aos frutos in natura. Entre 1982 e 1997 o consumo per capita de frutas frescas cresceu em 24%, enquanto o de processadas em apenas 5% (apesar de o custo da primeira opção praticamente representar o dobro).

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