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Mandioca pode ajudar suinocultor a enfrentar falta de milho

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A escassez de milho e o preço alto cobrado pela saca (em média R$ 16,00) no mercado estão fazendo com que os produtores de suínos busquem alimentos alternativos. A Embrapa Suínos e Aves, órgão ligado ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, está sugerindo que os produtores incluam nas rações alimentos alternativos como triticale, cevada, trigo, aveia, farelos de subprodutos industriais de arroz e trigo, farelo de girassol, soja integral tostada e mandioca. O uso de cada alimento alternativo depende da disponibilidade que possui o produtor.

Em poucas das misturas possíveis é indicado substituir totalmente o milho. Os alimentos alternativos são usados geralmente para baratear as rações a partir da substituição parcial do milho e do farelo de soja. O barateamento da ração respeita as particularidades de cada região. Em locais em que a oferta de trigo é abundante, por exemplo, os produtores terão mais facilidade em optar por um tipo de fórmula e assim por diante. O fator mais importante é localizar o alimento alternativo com menor custo disponível no mercado.

Para o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Cláudio Bellaver, os momentos de escassez de milho evidenciam a necessidade de investir mais em alimentos alternativos. Ele destaca principalmente a mandioca. "O produtor que dispõe de mandioca na propriedade ou custando no máximo R$ 0,08 o quilo pode reduzir o custo da ração para suínos e melhorar os resultados econômicos da propriedade. A mandioca, desde que bem manejada, adapta-se com facilidade às exigências da atividade", garantiu Bellaver.

Caso o produtor não tenha acesso a nenhum alimento alternativo, a Embrapa Suínos e Aves sugere uma ração de crescimento e terminação que na média é a mais barata do mercado. Essa mistura é composta por farelo de trigo, farelo de soja e milho, mais os minerais e vitaminas. "O custo por quilo dessa mistura fica em R$ 0,24. Já a ração mais usada custa hoje para o suinocultor R$ 0,26", explicou Bellaver. Esses valores podem ser influenciados pelo custo da mão-de-obra, impostos e frete, dependendo das características de cada região produtora.

A primeira medida que o produtor deve adotar neste momento para evitar os prejuízos provocados pela escassez é buscar auxílio da assistência técnica. Os técnicos ligados às instituições oficiais e privadas terão condições de mostrar qual alimento alternativo pode compensar o aumento no custo de produção provocado pelo milho. "Além disso, o produtor deve se preocupar com o aumento da produção própria dos alimentos que podem compor as rações", sugeriu Cláudio Bellaver.  

Tema: Produtos Agropecuários\Hortaliças\Mandioca 

Mais informações sobre o tema
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